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Endividamento das famílias limita consumo – e crescimento

Diante da importância desta demanda para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o desempenho fraco terá papel relevante na estagnação da atividade econômica

Por Da Redação
21 set 2014, 08h39

O elevado endividamento das famílias brasileiras, já numa faixa próxima de 50% da renda, impõe limites ao crescimento da economia pelo consumo, afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, em palestra realizada no Rio. Diante da importância desta demanda para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o desempenho fraco terá papel relevante na estagnação da atividade econômica. O menor ímpeto para consumir ainda explica, segundo o economista, a desaceleração dos serviços, que tiveram o menor crescimento desde 2012 na receita nominal (4,6% em julho ante julho de 2013), como informou nesta semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O endividamento das famílias brasileiras já compromete quase 50% da renda, e isso mostra um limite muito sério para o crescimento do consumo”, disse Perfeito. Durante a apresentação, o economista mostrou, a partir de dados do Banco Central elaborados pela Gradual, que as dívidas consumiam 45,73% da renda acumulada em 12 meses até março deste ano, num processo crescente desde 2009.

“O consumo, se você observar pela ótica da oferta do PIB, responde por 60%. É bastante elevado e mostra que parte significativa do PIB deve estacionar. Isso deve ser realidade tanto agora quanto nos próximos trimestres. Infelizmente, esse setor não vai ter o dinamismo esperado, pelo menos não como teve nos últimos anos”, afirmou. “A boa notícia é que estabilizou num patamar bastante elevado, o que é bom para todo mundo. Mas não vai ser agora que vamos ver isso continuar crescendo.”

Segundo o economista, o desafio agora é impulsionar os investimentos, componente que “pode ajudar o País a sair dessa crise”. No entanto, investir depende de confiança por parte de empresários, e as sondagens tem apontado queda nesses quesitos. “É bem provável que a gente só consiga crescer no Brasil nos próximos trimestres com a retomada da confiança. Além disso, só acontece, seja quem ganhar (as eleições), restabelecendo alguns preços-chave. O empresário precisará saber o que vai acontecer com câmbio, juros e política fiscal”, observou Perfeito.

Mesmo que haja ajustes no ano que vem, o economista não prevê uma recuperação vigorosa da economia já nos primeiros trimestres. “Em 2015, vai ser o começo dessa mudança, mas não será quando vamos colher os frutos disso. Talvez só lá em 2017 que talvez vamos ver a economia um pouco mais pulsante”.

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