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Empresas envolvidas na Lava Jato têm R$ 24 bi a receber da Petrobras

Odebrecht detém a maior fatia de contratos antigos, com uma quantia de R$ 15 bilhões a receber. Companhias foram barradas de novas licitações

Por Da Redação
11 Maio 2015, 11h59

As empresas investigadas pela Operação Lava Jato esperam receber 24,3 bilhões de reais da Petrobras nos próximos anos. O valor refere-se a contratos antigos que continuam em execução. Isso porque elas estão impedidas de participar de novas licitações da estatal. Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, das 27 empreiteiras apontadas no esquema de corrupção, 18 ainda têm 90 contratos em vigor. O valor é equivalente a quatro vezes o indicado no balanço da petroleira para contabilizar perdas com corrupção, estimadas em 6 bilhões de reais.

A Odebrecht é a companhia que detém a maior fatia dos contratos, com uma quantia de cerca de 15 bilhões de reais a receber. Citada por delatores da Lava Jato, a empresa é investigada, mas não teve nenhum executivo preso, nem foi alvo de ação do Ministério Público até agora. A empresa nega envolvimento no esquema de pagamento de propina a funcionários da Petrobras. Em segundo lugar vem a UTC Engenharia, com um saldo contratual de 1,6 bilhão de reais. Em terceiro, a Toyo-Setal, com 1,5 bilhão de reais a receber.

Segundo planilhas da própria Petrobras, obtidas pelo jornal, a maioria dos contratos em vigor deve terminar em poucos anos, mas alguns têm prazo maior que dez anos. É possível que a Petrobras não tenha que desembolsar o valor de 24,3 bilhões de reais, a depender do andamento desses contratos. A Petrobras informou que não tem dívidas com essas empresas e que os pagamentos continuarão sendo feitos normalmente, caso as obras previstas continuem sendo executadas.

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Leniência – Para reduzir as punições a que estão sujeitas e poder continuar fazendo negócios com o governo, quatro empresas investigadas pela Lava Jato já manifestaram à CGU (Controladoria Geral da União) a disposição de negociar acordos de leniência. Para firmar esses acordos, as companhias precisam reconhecer a prática de crimes, pagar indenização à Petrobras e adotar controles internos mais rigorosos. Do contrário, serão declaradas inidôneas e ficar proibidas de fechar novos contratos com o setor público.

(Da redação)

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