Empresas de galpões ampliam oferta no Brasil
Impulsionadas por comércio eletrônico, oferta de galpões deve crescer cerca de 60% até 2017, estima consultoria
A oferta de galpões no Brasil deve crescer cerca de 60% até 2017 após a entrega de novos projetos previstos, em um setor que encontra vigor para expansão por conta da demanda gerada pelo comércio eletrônico. O Brasil deve ter um estoque de 38,9 milhões de metros quadrados de galpões até 2017, com a adição de 14,8 milhões ao estoque atual, segundo levantamento da consultoria imobiliária JLL.
Para a GLP, que tem sede em Cingapura e tornou-se a maior empresa do setor no Brasil depois de adquirir ativos da BR Properties por 3,18 bilhões de reais em março, ainda há espaço para crescer nos principais mercados do país. O presidente da GLP Brasil, Mauro Dias, avalia que muitas empresas que são donas de centros de distribuição estão partindo para a locação de espaços em galpões para liberar capital para suas atividades principais de varejo.
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A GLP tem cerca de 1 milhão de metros quadrados de projetos em desenvolvimento, sendo 400 mil até o final do ano fiscal que se encerra em março. Para garantir o sucesso dos galpões, a empresa identifica áreas com potencial e define um projeto, o que segundo Dias garante a locação do ativo antes do final de sua construção.
No caso da WTGoodman, joint venture entre a WTorre e a australiana Goodman, a alternativa é o foco nos projetos sob encomenda e que hoje correspondem a 70% de seu portfólio. O objetivo é evitar terminar o ano que vem com estoque grande de espaço em galpões sem locatários.
Enquanto isso, a brasileira Log, do grupo MRV Engenharia, encerrou setembro com recorde de locação, com 165 mil metros quadrados adicionais, alta de 190% sobre o acumulado de 2013. Cerca de 96% do total locado foi realizado fora do Estado de São Paulo. “Mesmo no ambiente econômico instalado no país, galpões bem localizados têm encontrado locatários”, disse o diretor financeiro da MRV, Leonardo Corrêa, em teleconferência, na semana passada.
(Com agência Reuters)