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Empresa quer processar governo paulista por interrupção de hidrovia

A Caramuru argumenta que deixou de transportar 200 mil toneladas de grãos pela hidrovia Tietê-Paraná neste ano, segundo jornal

Por Da Redação
18 ago 2014, 10h24

A Caramuru Alimentos, uma das maiores processadoras de grãos do país, deixou de transportar 200 mil toneladas do produto neste ano por rios devido à interrupção das operações da hidrovia Tietê-Paraná, no Estado de São Paulo. Segundo o jornal Valor Econômico, para compensar os prejuízos não apenas financeiros, mas também de imagem (ela investiu para ligar sua marca ligada à sustentabilidade ambiental), ela quer agora processar o governo estadual. Cerca de 90% das exportações da Caramuru vinham sendo feitas pelo sistema hidroferroviário.

No ano passado, a empresa, que é a maior operadora da hidrovia paulista, transportou 1 milhão de toneladas de grãos via Tietê-Paraná. Neste ano, a previsão era levar 1,2 milhão de toneladas. Contudo, a seca neste ano e, consequentemente, a diminuição do calado da hidrovia (profundidade da via) prejudicaram a navegação em diversos trechos. Com isso, a empresa foi obrigada a movimentar 80% de sua carga por caminhões. Os cálculos de prejuízos financeiros com essa mudança ainda não foram feitos, mas é possível que os custos aumentem entre 20 a 30% com a mudança de transporte.

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Ao site de VEJA, a Secretaria de Transportes do Estado de São Paulo explicou que a Caramuru desconhece as ações que estão sendo feitas pelo Departamento Hidroviário para retomar a navegação na hidrovia Tietê-Paraná, considerada vital para o escoamento da produção agrícola do país. “O DH está solicitando apoio do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) desde fevereiro deste ano para se manter os níveis de navegação na hidrovia, afetado pela estiagem que acomete todo o Estado, mas o ONS preferiu direcionar a água para geração de energia em detrimento da navegação”.

A secretaria explicou ainda que todas as tentativas de apresentar soluções à Agência Nacional de Águas (ANA) e a outros órgãos responsáveis pela gestão hídrica “foram em vão”. O Estado pede que o ministro dos Transportes, César Borges, cobre ações também do governo federal, uma vez que são transportadas pela hidrovia produtos que vêm de outros Estados, especialmente de Goiás.

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