Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Empresa de auditoria exige que Petrobras consulte órgãos reguladores do mercado no Brasil e EUA

Para auditar contas, PricewaterhouseCoopers cobra que petroleira fale com CVM e SEC para calcular baixas contábeis relacionadas à corrupção

Por Da Redação
28 jan 2015, 21h27

A empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC) exigiu à Petrobras que consulte os órgãos reguladores do mercado financeiro do Brasil e Estados Unidos – CVM e SEC, respectivamente – sobre o melhor método para calcular o quanto de seus empreendimentos em construção ou em operação foi superavaliado em decorrência da corrupção. Essa foi a única exigência feita durante a reunião do Conselho de Administração da empresa, na última terça-feira, para que, finalmente, faça a auditoria do resultado financeiro anual da petroleira em 2014, o que deve acontecer até 30 de abril.

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a SEC (Securities and Exchange Commission) devem ajudar a Petrobras a chegar a um consenso sobre como dimensionar o rombo que o superfaturamento de projetos, denunciado pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato, causou em seu patrimônio. A estimativa de 88 bilhões de reais de perdas não agradou a nenhum dos conselheiros e até a consultoria independente, responsável pelo cálculo, admitiu que o número pode ter sido superestimado, já que 27,2 bilhões de reais se referem a ativos ativos que foram subvalorizados.

Leia mais:

Petrobras perde R$ 13,9 bilhões em valor de mercado em um dia

Minoritário que processa Petrobras acredita que EUA não vão tolerar falta de transparência

Continua após a publicidade

Mantega e Miriam Belchior pressionaram Petrobras a não divulgar grandes baixas contábeis

Convencidos de que as perdas não são tão grandes,mas sem concordar sobre a divulgação ou não da estimativa das consultorias, os conselheiros da Petrobras racharam em dois grupos opostos. Liderado pelo ex-ministro da Fazenda e presidente do conselho, Guido Mantega, os representantes da União, acionista majoritária, votaram por não trazê-lo a público. A presidente da companhia, Graça Foster, e os representantes dos acionistas minoritários e dos empregados, insistiram na divulgação de toda informação de relevância para os investidores. Após horas de discussão, venceu o grupo que defendia a transparência das informações.

A Petrobras passou a quarta-feira enviando esclarecimentos sobre o balanço para a CVM e a SEC. A estratégia da estatal é mostrar transparência e se antecipar a qualquer tipo de cobrança explicando, por exemplo, porque optou por adiar a divulgação de baixas contábeis referentes ao superfaturamento de projetos. A petroleira pretende evitar maiores turbulências caso os órgãos reguladores cobrem informações.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.