Emprego na indústria tem queda de 0,4% em setembro
Renda real do trabalhador registrou aumento de 1,6% na comparação com agosto, quando houve queda de 2,3%
O número de empregados no setor industrial brasileiro recuou 0,4% em setembro na comparação a agosto, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da quinta queda consecutiva nessa base de comparação. Entre maio e setembro, portanto, o indicador já acumula contração de 1,7%.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o índice caiu 1,4% – o maior recuo anual em treze meses. Já na base trimestral, o recuo entre julho e setembro foi de 0,9% em relação aos três meses imediatamente anteriores.
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Renda – Em setembro de 2013, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria aumentou 1,6% na comparação com agosto, segundo dados ajustados sazonalmente pelo IBGE.
Com isso, a renda do trabalhador recupera parte da perda de 2,3% observada em agosto. Ao divulgar o dado, o IBGE destaca que em setembro foi verificada influência da expansão de 8,5% do setor extrativo, já que a indústria de transformação apontou avanço mais moderado (0,8%).
Ao comparar o dado de renda com setembro de 2012, a folha de pagamento real mostrou crescimento maior, de 2,5% em setembro de 2013, após apontar variação nula (0,0%) em agosto.
Horas pagas – O número de horas pagas pela indústria, descontadas as influências sazonais, caiu 0,6% em setembro ante agosto. Em comparação a setembro de 2012, o indicador recuou 1,5%. O indicador relativo ao número de horas pagas pela indústria acumula quedas de 1% no ano e de 1% em 12 meses. Comparando o resultado de setembro com igual mês de 2012, o IBGE revelou que as taxas foram negativas em 10 dos 14 locais pesquisados e em 14 dos 18 ramos pesquisados.
Em termos setoriais, as principais influências negativas partiram do setor de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, com redução de 5,5% ante setembro do ano passado, e de produtos têxteis, com variação negativa de 6,2% no período. Em contrapartida, as principais influências positivas partiram do setor de borracha e plástico, com variação de 5,4% na mesma base de comparação.
PIB – A indústria tem reduzido sua participação na composição do PIB. Estudo recente mostra que a participação da indústria de transformação foi de 13,3% em 2012, retrocedendo ao nível que o setor tinha na economia em 1955, antes da implantação do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. O estudo indica ainda que, se forem mantidas as condições atuais de crescimento, essa participação deverá cair para 9,3% em 2029.
(com agência Reuters)