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Em sua maior alta em 10 meses, dólar vai a R$ 2,43

Cotação da moeda americana subiu 1,95% e alcançou o maior valor desde fevereiro deste ano; oscilação é a maior desde novembro de 2013

Por Da Redação
25 set 2014, 17h45

O dólar subiu quase 2% e encostou em 2,43 reais nesta quinta-feira, turbinado por expectativas sobre o futuro das políticas monetárias dos EUA e da Europa e por preocupações sobre as eleições no Brasil.

Investidores compravam a moeda norte-americana em busca de proteção cambial antes da divulgação de novas pesquisas eleitorais nesta semana. Além disso, muitos testavam a tolerância do Banco Central à recente pressão no câmbio. Quando mais o dólar subir, maior tende a ser seu impacto na inflação.

O dólar avançou 1,95%, a 2,4299 reais na venda, após bater 2,4312 reais na máxima do dia, maior nível desde 13 de fevereiro. A alta desta sessão foi a maior desde 5 de novembro de 2013, quando a divisa avançou 1,98%.

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No exterior, o dólar chegou a bater a máxima em quatro anos contra uma cesta de divisas. Entre os emergentes, o dólar também tinha forte alta contra moedas como o peso mexicano e o rand sul-africano. Investidores mantêm a expectativa de que a política monetária da Europa se tornará mais expansionista, ou seja, com juros próximos de zero. Já no caso dos Estados Unidos, a promessa é de que a taxa de juros avance, o que tornará os títulos do tesouro americano, que são atrelados aos juros, mais rentáveis. A expectativa é de que, em busca de melhores rendimentos, investidores tirem seu capital de outros mercados para depositá-los nos Estados Unidos, o que impacta diretamente a cotação da moeda americana. “Há um movimento generalizado de alta do dólar que está respingando aqui”, afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, lembrando que o mercado há tempos vem se ajustando para alta nos juros nos Estados Unidos no próximo ano.

No Brasil, a pressão externa vem junto com incertezas sobre as eleições presidenciais de outubro. A atual presidente Dilma Rousseff (PT), cuja condução da política econômica é alvo de críticas nos mercados, tem ganhado força nas últimas pesquisas de intenção de voto e encostado em sua rival Marina Silva (PSB) em um esperado segundo turno das eleições.

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Segundo analistas, investidores compravam dólares para se proteger da possibilidade de que Dilma avance ainda mais nas próximas pesquisas eleitorais. O próximo levantamento do Datafolha deve ser divulgado ainda nesta semana. “Nosso cenário local, aos olhos do mercado, é muito ruim. Qualquer espirro lá fora se torna uma enchente aqui, e hoje a pressão no mercado internacional é bem mais forte que um espirro”, afirmou o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.

BC entra em cena – Numa tentativa de conter a alta do dólar, o BC aumentou suas intervenções no câmbio nesta semana, ampliando os leilões de swaps cambiais, que consiste na venda de dólares no mercado futuro. Isso levou investidores a avaliar que o BC quer evitar cotações acima de 2,40 reais por medo de impactos inflacionários. “Entende-se que o BC entra em estado de alerta quando o dólar chega nesse patamar”, afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

A ação do Banco Central levou o dólar a cair quase 1% na quarta-feira. Nesta sessão, no entanto, investidores elevaram as cotações da moeda para testar a disposição do BC em defender o real.

(Com Reuters)

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