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Em ata, Fed mantém incerteza sobre fim dos estímulos

Documento era aguardado com ansiedade pelo mercado financeiro, que já reage ao possível fim da política de compra mensal de ativos

Por Da Redação
21 ago 2013, 15h34

A ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), divulgada na tarde desta quarta-feira, mostrou que quase todos os 12 integrantes do Fomc concordam que uma mudança na política de estímulos dos EUA à economia ainda não é apropriada. O documento tem como referência a última reunião do Fed, realizada entre 30 e 31 de julho.

A ata mostra que apenas alguns membros do Fomc acreditam que em breve será o momento de “diminuir um pouco” o ritmo de compra mensal de títulos. Enquanto isso, outros indicam paciência antes de decidir quando começar a reduzir o programa de estímulo.

Para tentar reanimar a economia dos EUA, o BC do país injeta mensalmente 85 bilhões de dólares no mercado por meio da compra de ativos financeiros. Uma recente sinalização do fim dessas compras já provocou turbulência nos mercados globais, especialmente nas divisas dos países emergentes.

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O mercado aguardava que o documento trouxesse algum esclarecimento sobre quando o Fed dará início à redução dos estímulos monetários, já que o próprio presidente do Fed, Ben Bernanke, deu a entender que isso pode ocorrer ainda em 2013. O documento mostra, no entando, que o órgão ainda não chegou a uma conclusão sobre o tema. Tal incerteza tem feito com que as moedas de diversos países – sobretudo os emergentes – se desvalorizem.

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Argumentos – As autoridades ressaltaram que a taxa de desemprego dos EUA, que atingiu 7,4% no mês passado, caiu “consideravelmente” desde que a última rodada de compra de títulos foi lançada, em setembro. Contudo, alguns não se mostraram convencidos da melhora contínua do mercado de trabalho.

Sobre a economia, os membros do Comitê se mostraram um pouco menos otimistas do que estavam no começo do ano, mas ainda assim apostam em uma recuperação no segundo semestre e, principalmente, nos próximos dois anos. A previsão de melhora para 2014 e 2015 tem como base um peso menor do aperto fiscal sobre o crescimento econômico, aumento da confiança do consumidor e melhoras no crédito.

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Os membros do Fomc também divergiram em relação à inflação. Enquanto alguns acreditam que a meta de 2% pode ser alcançada mais em breve, outros acreditam que a dificuldade para se elevar o patamar inflacionário deve-se a um problema de demanda agregada.

Assim como disse na ata do mês de junho, o Fed sinalizou no documento divulgado nesta quarta que, se as condições econômicas melhorarem além do esperado, o ritmo de compra de ativos pode ser diminuído no final deste ano. Mas, se as condições continuarem como estão, a redução da política acontecerá lentamente e o programa de compra de ativos será encerrado em 2014.

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No fim, o Fed não fez nenhuma mudança formal de política na reunião do mês passado, afirmando, em comunicado de 31 de julho, que a economia dos EUA continuará precisando de auxílio.

Liquidez – O Fed disse ainda que está avaliando uma nova ferramenta que possa ajudá-lo a drenar recursos do sistema bancário e manter as taxas de juros de curto prazo no nível almejado quando decidir alterar a atual política de estímulos.

A ideia é fazer uma transação em que o BC venda um título do Tesouro dos EUA para um operador do país ou para um grande fundo, e assuma o compromisso de recompra no dia seguinte. A transação retira temporariamente dinheiro do sistema bancário, enquanto o operador ou o fundo recebe os juros sobre a transação.

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(com agência Reuters)

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