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Eletrodomésticos, supermercado e veículos puxam retração no comércio

Vendas no varejo encolheram 2,2% no primeiro semestre deste ano, segundo IBGE; queda na renda do brasileiro impactou com mais força esses setores

Por Da Redação
12 ago 2015, 10h59

O comércio varejista registrou queda de 2,2% no volume de vendas no primeiro semestre deste ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira. Trata-se do pior resultado para o conjunto de seis meses verificado na pesquisa desde 2003. De acordo com o instituto, os grandes responsáveis por esse recuo histórico foram os segmentos de móveis e eletrodomésticos, supermercados e veículos e motos.

Nos primeiros seis meses deste ano, o comércio de veículos e motos, partes e peças teve um recuo de 15,6%; o de móveis e eletrodomésticos, de 11,3%, e o de super e hipermercados, de 5%. Ou seja, o recuo dessas atividades ficou em um nível muito superior ao da média geral, de 2,2%. Vale lembrar que o desempenho do setor de veículos é verificado apenas no varejo ampliado, que no primeiro semestre registrou queda de 6,4%.

Não é difícil entender porque esses segmentos têm sofrido mais para vender e escoar o estoque neste ano. Com a escalada da inflação e os juros altos, o consumidor tem colocado o pé no freio do consumo e fugido de contrair novas dívidas. E os primeiros itens a serem cortados são os de alto valor agregado e não considerados essenciais para a sua sobrevivência – daí a baixa na venda de móveis, eletrodomésticos e carros.

“Este resultado explica-se pelo menor ritmo de crescimento do crédito com recursos livres, que segundo o Banco Central, passou 11,8% em junho de 2014 para 4,9% em junho deste ano, além do comportamento da massa de rendimento médio real habitual dos ocupados, com queda de -4,3% em relação a junho de 2014”, informa o IBGE.

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Já em relação às compras em supermercados, o instituto apontou que, dentre as dez atividades pesquisadas, todas apresentaram uma relativa melhora – ou seja, caíram menos – de maio para junho, até porque o mês teve um dia útil a mais, com exceção dos supermercados. A gerente de Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabela Nunes Pereira, afirmou que isso aconteceu porque o segmento está atrelado ao rendimento médio do trabalhador, que vem encolhendo mês após mês. “É um setor ligado à renda, e a massa salarial vem caindo, há perda de emprego. Tudo isso tem impacto nesse grupo. Ele costuma resistir a variações, mas vem sucumbindo às quedas consecutivas na renda”.

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(Da redação)

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