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Eletrobras investe menos da metade do previsto para 2014

Estatal desembolsou até outubro R$ 4,37 bilhões, sendo que o valor autorizado para o ano é de R$ 9,87 bilhões. Especialistas veem impactos da MP 579

Por Da Redação
15 dez 2014, 10h49

A Eletrobras investiu apenas 44,3% do previsto para todo o ano até outubro, mesmo ocupando um papel-chave em projetos para amenizar a atual crise energética. Nos dez primeiros meses do ano, a estatal executou 4,37 bilhões de reais em investimentos, sendo que a dotação autorizada é de 9,87 bilhões de reais. Fontes do setor privado ouvidas pelo jornal Valor Econômico veem impactos diretos da MP 579, que derrubou as receitas nos segmentos de geração e transmissão, além da gestão ineficiente de algumas subsidiárias.

Um dos maiores impasses que refletem este cenário de inércia está nas obras da usina térmica Mauá, em Manaus, com 583 megawatss (MW) de potência. A previsão para o início das operação era abril deste ano, mas o cronograma não foi cumprido, diante de um atraso de 90 dias no pagamento das faturas à construtora Andrade Gutierrez, contratada pela Eletrobras Amazonas Energia. Com isso, as obras foram interrompidas, e a nova previsão é que elas sejam concluídas apenas no início de 2016.

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Na mesma situação, as distribuidoras administradas pela Eletrobras também não conseguiram pisar fundo no acelerador. Apesar de uma série de indicadores desfavoráveis e da necessidade de melhorá-los para evitar surpresas na renovação de concessões perto de expirar, nenhuma conseguiu executar sequer um terço dos valores aprovados para 2014. As seis empresas estaduais que passaram às mãos da Eletrobras e têm investimentos monitorados pelo Ministério do Planejamento executaram só 26% dos 2,23 bilhões aprovados para este ano.

A Eletrobras reforça que seu planejamento é anual, ou seja, “nem todos meses apresentam o mesmo valor de desembolsos divididos igualmente”. Com isso, a expectativa é que o orçamento seja cumprido até o fim do ano. Além disso, a empresa reforça que superou o volume de investimentos previstos para 2014 a partir de sociedades de propósitos específico (SPEs), feitos em parceria com o setor privado, e que não são contabilizados pelo Planejamento.

Dívida – Na última sexta-feira, a Eletrobras assinou acordo de repactuação de dívidas com a Petrobras. A empresa espera desembolsar 2 bilhões de reais para quitar o débito de 8,5 bilhões de reais de suas distribuidoras da região Norte. A expectativa do presidente da estatal elétrica, José da Costa Carvalho Neto, é que o montante restante da dívida seja saldado pelo Tesouro Nacional, por meio da Conta de Desenvolvimento Enérgico (CDE).

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