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Eletrobras fará usina com empreiteira citada na Operação Lava Jato

Com aporte inicial de US$ 100 milhões, estatal construirá uma usina na Nicarágua em parceria com a Queiroz Galvão

Por Da Redação
19 nov 2014, 09h29

Embora tenha registrado um prejuízo de 2,7 bilhões de reais no terceiro trimestre, a Eletrobras vai investir em uma hidrelétrica fora do país, em parceria com uma das empreiteiras citadas na Operação Lava Jato. Na semana passada, o Conselho de Administração da estatal aprovou o projeto da hidrelétrica Tumarín, na Nicarágua, que será tocado com a Queiroz Galvão. O primeiro aporte da Eletrobras será de 100 milhões de dólares e os recursos virão do caixa da empresa.

O anúncio de um investimento no exterior chega em um momento delicado, após a Eletrobras ter tido um prejuízo de 6,3 bilhões de reais no ano passado e de 6,8 bilhões de reais em 2012. Exposta ao mercado de curto prazo, a empresa gastou 3,1 bilhões de reais na compra de energia e teve de aportar 790 milhões de reais na concessionária responsável pela usina de Santo Antônio entre julho e setembro deste ano.

Também é polêmica a parceria com a Queiroz Galvão, logo após as suspeitas da Polícia Federal de que o esquema do doleiro Alberto Youssef envolveu negócios no setor elétrico. Ainda assim, o Conselho de Administração da Eletrobras avaliou que o projeto Tumarín será lucrativo para a estatal. A taxa interna de retorno do investimento estaria em torno de 12%.

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Empreendimento – A usina de Tumarín terá potência de 253 megawatt (MW) e vai custar 1,1 bilhão de reais. O empreendimento deve receber financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco Centroamericano de Integración Económica (BCIE).

O projeto é antigo e levou anos para sair do papel. Em 2009, o Conselho de Administração da Eletrobras aprovou a participação da companhia na Centrales Hidroelétricas de Centroamerica S.A. (CHC), e iniciou os estudos de viabilidade do projeto. Eletrobras e Queiroz Galvão são as únicas sócias da empresa e cada uma detém 50% de participação.

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Tumarín também é resultado da política de aproximação do governo com Daniel Ortega, presidente da Nicarágua desde 2007. Naquele ano, o ex-presidente Lula visitou a capital, Manágua, e anunciou a disposição do governo brasileiro em ajudar a resolver os problemas de abastecimento de energia do país, que sofria com racionamento e apagões diários.

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(Com Estadão Conteúdo)

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