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Eike não precisa de socorro do governo, diz Pimentel

Para o ministro, os ativos do grupo EBX podem controlar a crise de confiança que atinge as companhias do empresário

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 jul 2013, 13h23

O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, descartou nesta quinta-feira a possibilidade de o governo federal socorrer as empresas do empresário Eike Batista. Para o ministro, que se encontrou com o presidente do Senado, Renan Calheiros, os ativos do grupo EBX podem controlar a crise de confiança que atinge as companhias do empresário. “Ele tem ativos muito valiosos. Não precisa [de socorro]”, disse Pimentel.

Na tarde de quarta-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, repetiu a mesma afirmação em coletiva à imprensa. Lobão disse que o governo não previa “nenhum tipo de auxílio” ao grupo EBX.

Na manhã desta quinta, a MPX Energia informou em fato relevante a renúncia de Eike Batista do cargo de presidente e membro do Conselho de Administração da empresa. O anúncio provocou a disparada de ações da empresa de energia do grupo. No final da manhã, a alta na BM&FBovespa chegava a 11%,com ações cotadas a 7,16 reais.

O fato relevante Também registra que será convocada uma assembleia geral para debater as resoluções sobre a renúncia de Eike, a alteração da denominação social da MPX Energia, mudanças no estatuto social da companhia e outras adaptações à imagem e marca. A mudança de nome da MPX e a saída de Eike são medidas para desvincular a empresa da imagem do empresário, tentar valorizar suas ações e possibilitar sua venda dentro de alguns meses. A MPX é hoje a empresa mais valiosa dentro do grupo de Eike e peça central no plano de reestruturação do grupo.

Dívidas – A capacidade de Eike em honrar com o pagamento das dívidas de suas empresas foi colocada em xeque ao longo das últimas semanas, sobretudo no caso da petroleira OGX. Bancos chegaram a afirmar que a empresa poderá ficar sem caixa em um ano, caso não consiga obter receita com a extração de petróleo. Na noite de terça-feira, a agência de classificação de risco Standard and Poor’s rebaixou o rating da dívida da OGX para o grau ‘pré-default’, que significa um alto risco de a companhia não conseguir pagar suas dívidas. Na manhã desta quarta, a Moody’s fez o mesmo.

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Segundo um relatório do Bank Of America Merrill Lynch, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa estão altamente expostos ao endividamento do grupo EBX. O documento também relata a exposição de instituições privadas, como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC e BTG Pactual. Como a holding EBX não possui capital aberto (e, por isso, não divulga seus balanços) a estimativa de endividamento do grupo com os bancos ainda é parcial. Mas, mesmo assim, o montante impressiona: 13 bilhões de reais.

Segundo informações oficiais obtidas pela Bloomberg junto ao BNDES, o bilionário chegou ao ponto de utilizar sua fortuna pessoal como garantia para 2,3 bilhões de reais em empréstimos junto ao BNDES. No total, o banco disponibilizou 10,4 bilhões ao empresário desde 2007. Contudo, o valor, de fato, desembolsado pelo BNDES ainda não é público.

O ‘inferno astral’ de Eike Batista nos negócios começou em junho de 2012, quando a OGX informou que a capacidade de produção de seus poços seria muito menor do que o divulgado a investidores na abertura de capital da companhia. De lá pra cá, todos os projetos de Eike foram colocados em xeque. A situação se agravou nesta segunda-feira, quando a OGX Petróleo informou que poderá fechar seu único poço petrolífero ativo.

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