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Eike e Vale assinam memorando para ligação ferroviária

Com o projeto, municípios da Baixada Fluminense terão acesso direto ao Porto do Açu, em São João da Barra

Por Da Redação
26 abr 2012, 18h31

O empresário Eike Batista assinou nesta quinta-feira um memorando entre a LLX, sua empresa de logística, e a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), administrada pela Vale, representada por Humberto Freitas, diretor executivo de Logística e Pesquisa Mineral, para dar continuidade aos estudos para a implantação de uma ligação entre o Porto do Açu e a Baixada Fluminense. Os estudos de viabilidade do projeto começaram em agosto do ano passado e afeririam, entre outras variáveis, a demanda por transporte ferroviário no trecho.

A ideia é implantar um ramal de cerca de 40 quilômetros entre São João da Barra, município onde está sendo erguido o Complexo Industrial do Açu, e Campos dos Goytacazes, a maior cidade do norte fluminense. Outra parte do projeto prevê a reativação do corredor litorâneo. Além da continuidade dos estudos de viabilidade, o documento assinado prevê a elaboração de estudos para a obtenção das licenças ambientais necessárias à construção do trecho ferroviário até o Porto do Açu.

Se concretizada, a conexão permitirá acesso aos estados de Minas Gerais e São Paulo. Essa solução é de interesse da chinesa Wisco, que planeja implantar uma siderúrgica na região e quer ter acesso ao minério de ferro de Minas. A Petrobras também já revelou ter interesse na ligação férrea, que seria uma alternativa para a movimentação da produção do Complexo petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em construção em Itaboraí, na Baixada Fluminense.

Dilma Rousseff– Eike recebeu nesta quinta a presidente Dilma Rousseff no Porto do Açu, projeto da LLX. Em São João da Barra, ela disse que a OGX e Petrobras podem ganhar com parcerias entre as duas empresas. “Estou certa de que a OGX tem uma grande contribuição na produção de petróleo offshore no Brasil”, afirmou a presidente em discurso durante evento que marcou simbolicamente a extração do primeiro óleo da OGX, efetivada no início do ano. E acrescentou: “A Petrobras já provou isso ao abrir os caminhos do pré-sal. Nós temos hoje a possibilidade, pela quantidade de recursos que temos nessa área, de contar com a participação tanto da OGX como de empresas privadas internacionais”, disse a presidente.

Segundo Eike, Petrobras e OGX se aproximaram desde a posse da nova presidente da estatal, Maria das Graças Foster. “É natural que dois grandes (Petrobras e OGX) se ajudem. Já devia ser assim e será assim a partir de hoje. Depois da posse da Graça, houve uma mudança dramática nesse convívio, mais harmônico. Nós podemos nos ajudar, por que não?”, disse Eike a jornalistas, após cerimônia que marcou a extração do primeiro óleo da OGX, efetivada no início do ano. O empresário afirmou, no mesmo evento, que a OGX terá capacidade instalada de produzir 400 mil barris/dia em 2015. Esse volume representaria um crescimento de dez vezes em relação à produção esperada para o final deste ano, de pelo menos 40 mil barris.

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Ele afirmou que uma das parcerias em análise entre as duas companhias seria uma troca de gás natural. A OGX possui reservas na bacia de Santos, mas precisa utilizar o insumo em seu complexo industrial de Açu, que fica no nordeste do Rio de Janeiro. “Nós receberíamos gás da Petrobras aqui, via Cabiúnas, e entregaríamos gás em Santos, economizando gasodutos”, declarou. Eike disse também que uma parceria com a Petrobras na área de refino poderá ser estudada.

(Com Agência Estado e Reuters)

(Atualizada às 20h40)

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