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Eike Batista renuncia ao cargo de presidente da MPX Energia

Empresário também saiu do Conselho de Administração da companhia; aprovado também o aumento de capital social da companhia, no valor de R$ 800 milhões

Por Da Redação
4 jul 2013, 07h54

A MPX Energia informou em um fato relevante nesta quinta-feira que Eike Batista renunciou ao cargo de presidente e membro do Conselho de Administração da empresa. Segundo nota da assessoria de imprensa da empresa, Jørgen Kildahl, membro do Conselho de Administração da E.ON SE e até então vice-presidente do Conselho da MPX, foi indicado como presidente interino.

Além disso, no fato relevante a empresa diz que será convocada uma assembleia geral para debater as resoluções sobre a renúncia de Eike, a alteração da denominação social da MPX Energia, mudanças no estatuto social da companhia e outras adaptações à imagem e marca. A mudança de nome da MPX e a saída de Eike são medidas para desvincular a empresa da imagem do empresário, tentar valorizar suas ações e possibilitar sua venda dentro de alguns meses. A MPX é hoje a empresa mais valiosa dentro do grupo de Eike e peça central no plano de reestruturação do grupo.

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Governo diz que não ajudará as empresas de Eike Batista

O fato relevante foi assinado pelo Diretor Presidente e de Relações com Investidores, Eduardo Karrer. Eike está tentando vender por completo as duas empresas mais valiosas: a MPX e a mineradora MMX. A proposta é usar o dinheiro dessas vendas para pagar parte das dívidas das outras empresas que, por falta de interessados, deverão continuar com o empresário.

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Quatro empresas menores, em fase inicial de investimentos, vão para a gaveta ou não receberão investimentos: AUX (ouro), CCX (carvão), IMX (entretenimento) e REX (imobiliária). E os elefantes brancos OGX (petróleo), OSX (estaleiro), LLX (Porto do Açú) e EBX (holding do grupo) vão encolher e serão administradas do jeito que for possível.

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Capitalização – De acordo com o documento, o Conselho de Administração da empresa também aprovou o cancelamento da oferta pública de ações da MPX. A decisão baseou-se em recomendação do banco BTG Pactual, que está tentando salvar as empresas de Eike Batista, de adiamento ou implementação de alterações relevantes na oferta pública. A recomendação, segundo a assessoria de imprensa, “foi baseada nas atuais condições adversas de mercado no Brasil e no exterior, bem como no fato de que os investidores e acionistas relevantes da MPX não manifestaram o interesse em participar da oferta pública como originalmente concebida”.

O Conselho de Administração da MPX Energia também aprovou o aumento de capital social da companhia, no valor de 800 milhões de reais, dentro do limite do capital autorizado da empresa, por meio de um aumento privado de capital com a observância ao direito de preferência para os atuais acionistas da MPX. A capitalização, segundo a assessoria, contribuirá para fortalecer a estrutura de capital da companhia, sustentando o desenvolvimento de seu plano de negócios.

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O preço por ação será de 6,45 reais (preço de emissão), equivalente ao preço de fechamento na BM&FBovespa das ações ordinárias ontem de emissão da MPX. A própria E.ON, que detém 36% de participação na MPX, investirá até 366 milhões de reais e o BTG Pactual comprometeu-se a aportar o montante restante não subscrito pelos acionistas minoritários da companhia, que terão direito de preferência para participar da operação de aumento de capital.

“A MPX é uma empresa operacional com cerca de 2.000 MW em projetos de geração de energia em operação. Foram investidos mais de 10 bilhões de reais em ativos, que contribuem para garantir o suprimento de energia para o País. Ao longo desses anos, a MPX se posicionou como uma das principais empresas privadas de energia do Brasil, com ativos estratégicos de classe mundial. Nessa nova fase, confio que a empresa continuará em seu processo de desenvolvimento, tendo ao seu lado a sócia estratégica E.ON, maior geradora de energia da Alemanha”, afirmou Eike Batista via assessoria de imprensa.

Atualmente, a MPX opera 1.780 MW em empreendimentos de geração de energia no Brasil, com mais 1.114 MW em projetos em construção, além de 10.000 MW em portfólio. Ela se prepara agora para participar de mais leilões de energia do governo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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