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Eike Batista coloca hotel Glória à venda, diz jornal

Grupo EBX não comenta a negociação. Hotel foi comprado em 2008 por 80 milhões de reais

Por Da Redação
13 jun 2013, 13h37

Em mais um dia de queda das ações das empresas de Eike Batista na Bovespa, o grupo EBX pendura, no Hotel Glória, adquirido pelo grupo em 2008, a placa de “vende-se”. De acordo com o jornal ‘Valor Econômico’ desta quinta-feira, a EBX decidiu passar adiante o Glória, comprado por 80 milhões de reais há cinco anos, por não ter conseguido um parceiro para operar o empreendimento.

A partir de então, o Hotel Glória foi rebatizado de Glória Palace, passa por reformas desde 2010 e integra o braço imobiliário dos negócios de Eike, a REX. Segundo a EBX, no momento, está avançada a negociação de um acordo com uma bandeira internacional que fará adaptações no projeto e deve assumir o Glória. A empresa não quis comentar a venda da operação.

Desde o início do ano, o grupo procura um parceiro para operar o hotel (um deles é a rede Four Seasons). Mas, como não fechou negócio até agora, a possibilidade de venda foi aventada, segundo o jornal. As reformas do Glória contam com o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas as obras atrasaram, conforme noticiou o site de VEJA na ocasião. Tal fato foi negado pela assessoria de imprensa da empresa, mesmo que a Marina da Glória, local onde está o hotel, não conte com vestígios de operários trabalhando na obra. Os trabalhos são internos, de finalização, esclareceu a EBX, ao ‘Valor’.

O Glória faz parte do grande projeto idealizado por Eike para a região da Marina. A área, apesar de longe da faixa turística mais valorizada – a faixa de mar que vai de Copacabana, passa por Ipanema e chega ao Leblon, na Zona Sul – tem tradição. Era, até pouco antes do fechamento para reforma, a hospedagem preferencial dos presidentes da república.

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O Glória Palace foi pensado para ser integrado à área de eventos que Eike pretende criar na Marina da Glória. O projeto, no entanto, vem sofrendo críticas e se arrasta em meio à resistência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Uma decisão da 11ª Vara da Justiça Federal do Rio, motivada por uma ação popular impetrada em 1999, cancelou o contrato entre a Prefeitura do Rio e a Empresa Brasileira de Terraplanagem e Engenharia (EBTE), que administrou o local de 1996 a 2009. A EBTE foi comprada pela REX, empresa de Eike Batista que planeja reformular a Marina. Diante da decisão, a REX não pode colocar em prática o projeto de revitalização, que prevê a construção de um centro de convenções e a instalação de 50 lojas. Na sentença, o juiz Vigdor Teitel afirma que a exploração comercial não pode ser o principal objetivo do equipamento.

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Inferno astral – Não só o Glória, mas boa parte das empresas de Eike passa por momentos sombrios, em busca de novos investidores. Em março, a MPX Energia vendeu 24,5% de seu capital social para a alemã E.ON – total de 141.544.637 de ações por aproximadamente 1,415 bilhão de reais. Com a aquisição, a participação da E.ON no capital da MPX aumentará para 36,2%.

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Na semana passada foi a vez de a OGX vender uma participação de 40% à Petronas, empresa produtora de petróleo e gás natural do governo da Malásia. O negócio foi fechado por 850 milhões de dólares. Pelo contrato, a OGX segue como operadora nas concessões dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, que estão localizados no Campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos.

Mesmo diante do rumor de que poderia se desfazer de ativos da OGX para se capitalizar, Eike arrematou a concessão de 13 blocos exploratórios na Margem Equatorial e na Bacia do Parnaíba durante a 11ª Rodada de Licitações, realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em maio.

O grupo passou a contar com o suporte do banco BTG Pactual, de André Esteves, para o ajudar a reestruturar suas operações. Especulações de mercado ainda não confirmadas dizem que, recentemente, 50 pessoas foram demitidas da diretoria de Sustentabilidade e outras tantas saíram da Tesouraria, Jurídico e Suprimentos. A OSX, empresa naval de Eike, demitiu cerca de 150 profissionais próprios, ligados diretamente às atividades do estaleiro no Porto do Açu (RJ).

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Com a redução da estimativa das reservas dos blocos de petróleo, o mercado externo adverso e investidores preocupados com a venda de participação do Eike na empresa, a OGX viu suas ações derreterem nos últimos dias. Até o pregão de quarta-feira elas caíram 76% em 2013 e chegaram a valer menos de 1 real cada no pregão desta quinta-feira. MMX e LLX lideram as maiores perdas do Ibovespa no dia.

O único alento para o bilionário é que, até o momento, seus negócios continuam merecendo a confiança do BNDES. Em abril, a mineradora MMX concluiu a contratação da suplementação de financiamento para o porto Sudeste junto à instituição no valor de 935 milhões de reais, com prazo de pagamento de dez anos.

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