Dólar tem ajuste na abertura e volta a bater R$ 2,30
Depois de a moeda norte-americana ter perdido força na sessão de sexta, voltou a subir ante a moeda brasileira nesta segunda
O dólar abriu em alta ante o real no mercado à vista, após registrar queda na última sexta-feira. No exterior, a moeda dos Estados Unidos segue em direções mistas, embora predomine o movimento de alta. Na sexta-feira, o dólar no balcão fechou em baixa de 1,04%, a 2,2790 reais. Às 9h39, o dólar no balcão tinha alta de 0,75%, a 2,2960 reais, na máxima. Às 11h40, a moeda norte-americana era negociada a 2,3017 reais na venda.
O dólar ficou enfraquecido na última sessão, após o resultado da criação de empregos nos Estados Unidos em junho. Nesta semana o investidor estará atento aos discursos dos presidentes regionais do Federal Reserve. O programa de estímulos começou em setembro do ano passado e, desde dezembro de 2012, o BC dos EUA compra todo mês 85 bilhões de dólares em bônus. A economia dos EUA criou 162 mil empregos em julho, frustrando a expectativa de aumento de 183 mil previstos, enquanto a taxa de desemprego caiu mais do que o esperado, de 7,6 para 7,4%, quando a estimativa era de 7,5%.
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“Com a agenda nos EUA mais fraca esta semana, os discursos dos presidentes dos Fed regionais devem pesar, pois os mercados querem mais sinalização sobre a redução dos estímulos. Mas acho difícil que esses sinais sejam dados”, avalia o gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa. Segundo ele, na agenda doméstica, a expectativa é para os próximos números da balança comercial e do fluxo cambial.
Corrêa acredita que o BC continuará atuando com leilões para conter a alta do dólar. “O BC tem se mostrado vigilante e embora não tenha revertido a direção do dólar, tem conseguido segurar a moeda”, disse.
Dados – Na China, o índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) do setor de serviços da China medido pelo banco HSBC permaneceu inalterado em 51,3 em julho, mesmo valor registrado em junho. Acima de 50, a leitura indica expansão da atividade não industrial em relação ao mês anterior.
Na zona do euro, as vendas no varejo caíram menos do que o previsto em junho, -0,5% ante maio, e -0,9% na comparação com junho do ano passado, quedas menores do que as esperadas por analistas, de 0,6% na comparação mensal, e -1,5% na anual.
(com Estadão Conteúdo)