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Dólar tem maior alta mensal em 3 anos e fecha a R$ 2,44

Alta no mês chega a 9,33%, maior valorização mensal desde setembro de 2011

Por Da Redação
30 set 2014, 19h28

O dólar caiu ante o real nesta terça-feira em um movimento de realização de lucro, mas fechou setembro com a maior alta mensal em três anos. Analistas acreditam que, se as chances de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) continuarem crescendo, essa escalada não deve dar trégua.

A moeda norte-americana caiu 0,31% nesta sessão, a 2,4480 reais na venda, mas, no mês, acumulou alta de 9,33%. É a maior valorização mensal desde setembro de 2011, quando o avanço foi de 18,15%. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro desta sessão ficou em torno de 1,2 bilhão de dólares.

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A forte pressão cambial em setembro fez com que o real devolvesse todos os ganhos acumulados desde o início do ano e se alinhasse a outras moedas emergentes, que têm se desvalorizado por preocupações sobre o futuro da política monetária dos Estados Unidos. Dilma é criticada por investidores por adotar uma política excessivamente intervencionista que, segundo eles, levou o país à recessão, sem conseguir controlar a inflação.

Pesquisas eleitorais mostrando a presidente à frente da ex-senadora Marina Silva (PSB) num esperado segundo turno das eleições elevaram o dólar ao maior nível desde 2008, ápice da crise financeira global, a 2,45 reais. Isso abriu espaço para que, na sessão desta terça, a moeda norte-americana exibisse um movimento de realização de lucros.

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A perspectiva de alta sustentada do dólar é um desafio para o Banco Central brasileiro. Muitos investidores acreditam que o BC quer evitar pressões inflacionárias provocadas pelo aumento dos preços de importados e, por isso, deve continuar atuando fortemente no mercado de câmbio. A possibilidade de intervenções mais pesadas divide investidores. Apesar de já ter feito no passado leilões extraordinários de swaps e leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, alguns acreditam que essas armas não serão utilizadas pelo BC no curto prazo.

Todas as principais moedas latino-americanas se desvalorizaram contra o dólar neste mês, mas o real foi destaque. O peso chileno, por exemplo, perdeu cerca de 2% em setembro, embora acumule queda de mais de 12% desde o início do ano.

O principal fator que sustenta esse avanço global do dólar é a perspectiva de os juros subirem nos EUA de forma mais intensa, o que poderia atrair à maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em economias emergentes.

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(Com Reuters)

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