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Dólar sobe e vai a R$2,31 pela primeira vez em mais de 4 anos

O dia teve um volume baixíssimo de negócios, pressionado por preocupações com o cenário econômico global e doméstico

Por Da Redação
7 ago 2013, 19h23

O dólar subiu e fechou no patamar de 2,31 reais pela primeira vez em mais de quatro anos nesta quarta-feira, sem atuação do Banco Central (BC). O dia teve um volume baixíssimo de negócios, pressionado por preocupações com o cenário econômico global e doméstico. A moeda norte-americana avançou 0,65%, para 2,3139 reais na venda, maior patamar desde 31 de março de 2009, quando ficou em 2,319 reais.

Na máxima deste pregão, o dólar tocou o nível de 2,3150 reais e na mínima, bateu 2,2931 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,3 bilhão de dólares, abaixo da média diária de julho, de 1,7 bilhão de dólares.

“O viés continua sendo de alta para o dólar, o mercado continua pressionado. A única coisa estranha é que o BC não apareceu”, disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca, acrescentando que o baixo volume de negócios é originado pela ansiedade dos investidores com relação à política monetária dos Estados Unidos.

Sinais de que o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, deve reduzir em breve seu estímulo monetário – o que diminuirá a oferta global de dólares e, portanto, tende a pressionar as cotações da divisa – têm assombrado os mercados. Desde maio, a divisa norte-americana acumula alta de 15,61% ante o real. As indicações mais recentes vieram da presidente do Fed de Cleveland, Sandra Pianalto, afirmando que a autoridade monetária pode reduzir em breve o programa se a melhora no mercado de trabalho continuar.

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“Fica cada vez mais evidente para os principais expoentes do mercado que o estímulo monetário nos Estados Unidos está chegando ao final”, afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. “O mercado está tentando se posicionar diante desse fato, que está dado”. O fortalecimento da divisa norte-americana acendeu a luz amarela para possíveis intervenções do BC, uma vez que recentemente realizou leilões de swap cambial tradicional – equivalente a venda de dólares no mercado futuro – quando o dólar estava acima de 2,30 reais.

A moeda dos EUA voltou a oscilar perto desse patamar durante essa semana, mas a última vez que o BC entrou nos mercados foi sexta-feira. Valorizações do dólar ante o real são mais um fator de pressão para a inflação e, na avaliação de boa parte do mercado, o BC age no câmbio para minimizar esse movimento.

No Brasil, a valorização do dólar também é influenciada pela desconfiança com a economia doméstica, que não tem mostrado recuperação mais consistente. Diante disso, prevalecem no mercado à vista fluxos de remessas de divisas de multinacionais para o exterior e, no mercado futuro, as mesmas empresas fazem operações para se proteger contra alta mais forte do dólar até o fim do ano.

Também ajuda o fato de investidores estrangeiros aproveitarem para apostar contra o real através de posições compradas no mercado de dólar futuro e cupom cambial, de acordo com um operador de câmbio de banco estrangeiro. Segundo ele, e com base em dados da BM&F, os investidores estrangeiros estão com posição comprada líquida recorde em cupom cambial e dólar futuro de 14,5 bilhões de dólares, a maior desde março de 2009.

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No mercado à vista, os bancos aumentaram suas posições compradas de dólares, mais uma visão de que o dólar deve continuar subindo. Em 19 de julho, segundo o BC, elas estavam em 570 milhões de dólares e, no final do mês passado, já haviam avançado a 1,675 bilhão de dólares. Em julho, o país registrou saída líquida de 1,447 bilhão de dólares, mas o resultado foi positivo em 1,106 bilhão de dólares na semana passada, ainda de acordo com o BC.

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(com agência Reuters)

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