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Dólar sobe a R$ 3,45 com incertezas sobre intervenção do BC

Mercado de câmbio brasileiro é impactado pelo noticiário interno e externo; prisão do ex-ministro José Dirceu aumenta incertezas quanto ao cenário político do país

Por Da Redação
3 ago 2015, 17h55

O dólar subiu quase 1% e fechou esta segunda-feira cotado a 3,45 reais. A valorização da moeda americana frente ao real ocorre após o Banco Central sinalizar que não vai aumentar a sua intervenção no câmbio para impedir a alta da divisa. Este é o terceiro dia seguido de avanço da moeda, o maior desde 20 de março de 2003, quando encerrou o pregão valendo 3,47 reais.

Na máxima da sessão de hoje, a divisa chegou a atingir 3,46 reais. Só em julho, o dólar avançou mais de 10%; e no ano, já acumula alta de quase 30%.

Nesta segunda-feira, o mercado de câmbio também foi impactado pelos receios em relação ao cenário político do país, após a prisão do ex-ministro José Dirceu na 17ª fase da Operação Lava Jato. “A prisão (de Dirceu) pode reverberar no Planalto e aumenta ainda mais a sensação de incerteza aqui”, disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato. O Ministério Público Federal apontou o mensaleiro como um dos “instituidores” e “principais líderes” do esquema de corrupção na Petrobras quando ele foi titular da Casa Civil no Palácio do Planalto.

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Em meio a esse cenário, os agentes econômicos esperam mais turbulências para os próximos dias, quando o Legislativo deve votar medidas que aumentam os gastos da União e afetam o ajuste fiscal, motivando cautela nas mesas de operação.

A perspectiva para o curto prazo ainda é a de escalada do dólar, com o cenário político interno no centro das atenções. “As tensões políticas têm pesado muito e devem continuar assim”, afirmou o especialista em câmbio da Icap Corretora, Italo Abucater, para quem a moeda pode subir a 3,80 reais no curto prazo. “Não temos nada no horizonte para favorecer uma queda do dólar”, disse.

Pesou ainda sobre o dólar a indicação do BC de que não pretende aumentar sua atuação no mercado. “O BC deixou claro que não vale a pena brigar contra a alta do dólar”, avaliou o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.

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O mercado de câmbio também tem sido pressionado pelo cenário externo, com apreensão sobre a desaceleração da economia chinesa diante do tombo das bolsas do país e pela perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos, que podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no mercado local.

Bovespa – A bolsa de valores de São Paulo fechou o dia em queda, pressionada principalmente pelo recuo das ações do Bradesco, que anunciou nesta segunda a aquisição do HSBC Brasil por, por 5,2 bilhões de dólares. Os analistas esperavam que a compra seria fechada por 4 bilhões de dólares e a consideraram cara demais para o Bradesco.

Além disso, a queda foi motivada pela retração dos papéis da Petrobras, que acompanharam o declínio do petróleo. Segundo dados preliminares, o Ibovespa, principal índice, caiu 1,43%, a 50.138 pontos. O giro financeiro totalizava 4,44 bilhões de reais.

(Da redação)

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