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Dólar sobe 1,64% mesmo com atuação do Banco Central

Segundo operadores, mercado está testando BC para saber até que ponto a autoridade irá atuar para derrubar o dólar

Por Da Redação
11 jun 2012, 17h55

O dólar subiu 1,64% ante o real nesta segunda-feira, mesmo com o Banco Central voltando a fazer um novo leilão de venda da moeda estrangeira. Segundo operadores, o mercado testou a vontade da autoridade monetária de voltar a atuar para desvalorizar a moeda americana, mesmo diante de uma oferta menor de contratos. Também pesou o cenário externo mais conturbado, já que ainda há incertezas em relação à Espanha e à zona do euro.

A expectativa agora é que o BC possa voltar a intervir no mercado na terça-feira e derrube a cotação da moeda, que fechou nesta segunda-feira cotada a 2,0573 reais. Foi a maior alta da divisa desde o dia 22 de maio, quando subiu 1,67%.

A última vez em que o BC havia atuado foi na sexta-feira, ofertando 30 mil contratos de swap, o que fez o dólar fechar em queda de 0,14%. No leilão desta segunda-feira, foram apenas 20 mil contratos, sendo que foram vendidos 8 mil papéis. “Quando ele anunciou o swap, o dólar chegou a desacelerar, mas depois voltou a subir. Achei que talvez ele pudesse fazer outro leilão. Mas ainda há alguma incerteza no exterior, essa semana há eleições na Grécia e o resgate a Espanha pode não resolver o problema”, disse o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.

Outro operador de câmbio, que prefere não ser identificado, destacou que houve especulação no mercado. “Acho que se o BC ficar fazendo sempre as mesmas atuações, o mercado, que não é bobo, vai fazer o BC dançar no ritmo dele”, afirmou. A expectativa dos operadores, agora, é que o BC possa voltar a atuar, talvez até com mais força.

“Se essa tendência continuar, nós veremos o BC atuar de novo e provavelmente com maiores ofertas. O risco é de subir mais, não há perspectiva para tomada de risco no curto prazo”, disse o estrategista de câmbio para a América Latina da BBVA, em Nova York, Alejandro Cuadrado.

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Espanha – O principal motor de volatilidade no mercado nesta segunda-feira foi a Espanha. A apreensão ocorreu depois que o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, anunciou neste sábado que o país vai pedir um empréstimo ao Eurogrupo – instituição que reúne os ministros das Finanças da zona do euro – para recapitalizar seu sistema bancário. Segundo Guindos, será uma quantia “alta e com uma grande margem de segurança”, mas cujo valor exato ainda será definido após análise de “auditores independentes”. Mesmo sem especificar o valor, o ministro disse que o teto é de 100 bilhões de euros.

Ainda que a Espanha negue ter sido alvo de um “resgate”, assim como aconteceu com Grécia e Irlanda, os bancos do país irão permanecer sob a supervisão da troika – grupo formado por União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Nesta segunda-feira, em retaliação ao caos bancário espanhol, a aversão do mercado ao risco fez com que o prêmio pago sobre os papéis da dívida espanhola atingisse nível recorde. O que significa que, neste momento, a Espanha representa um perigo que os investidores não estão dispostos a correr.

(Com Reuters)

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