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Dólar perto de R$ 3,50 preocupa futuro governo

Avaliação é que, abaixo desse valor, alguns produtos brasileiros perdem competitividade no mercado internacional

Por Da Redação
5 Maio 2016, 09h11

O recuo da cotação do dólar para níveis próximos a 3,50 reais começa a preocupar a equipe do vice-presidente Michel Temer. A avaliação é que, abaixo desse valor, alguns produtos brasileiros perdem competitividade no mercado internacional. Dessa forma, fica em risco o processo de recuperação das contas externas iniciado no ano passado. De janeiro a abril deste ano, a balança comercial registrou um saldo positivo de 13,249 bilhões de reais, ante déficit de 5,059 bilhões de reais em igual período de 2015.

É fato que esse desempenho se deu mais pela queda das importações. Mas as exportações ensaiam uma reação. Neste ano, os volumes de vendas de produtos básicos avançaram 23%, a de produtos semimanufaturados avançaram 15,7% e os manufaturados, 12,7%.

“Há uma certa inquietude entre os exportadores, porque o câmbio a 3,50 reais não dá o mesmo ânimo exportador quanto o câmbio a 4 reais”, comentou o ex-secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) Roberto Giannetti da Fonseca. Ele tem colaborado com o PSDB na elaboração de propostas para a área.

As exportações são vistas, pela equipe de Temer, como um pilar para a recuperação da economia. Foi por essa razão que o vice-presidente convidou o senador José Serra (PSDB-SP) para comandar um Ministério das Relações Exteriores vitaminado, que teria a parte comercial fortalecida com a migração de parte da estrutura do que hoje é o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

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O restante seguiria para o Ministério do Planejamento e a pasta seria extinta. Essa ideia, porém, enfrentou resistências das entidades representativas da indústria, de forma que Temer agora está reavaliando a mudança.

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Os exportadores sabem que o governo não poderá, de imediato, garantir um dólar mais favorável a eles. Isso porque o Banco Central precisa aproveitar a cotação menor para perseguir outros dois objetivos: buscar um alívio na inflação e tentar desmontar operações de compra e venda futura de dólares, que ameaçam impor prejuízos bilionários ao Tesouro Nacional.

Feito isso, haveria espaço para um eventual governo Temer operar uma flutuação cambial “mais livre e confiável”. Só então, avalia Giannetti, os exportadores poderão esperar uma valorização gradual do real ante o dólar, para a faixa dos 3,80 a 4 reais.

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(Com Estadão Conteúdo)

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