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Dólar fecha semana marcada por G20 com 6ª alta seguida

A expectativa de que as autoridades na China poderão elevar a taxa de juros para conter a inflação colaborou para os avanços do dólar nesta sexta-feira

Por Marcel Salim
12 nov 2010, 17h16

O dólar fechou em alta nesta sexta-feira, pelo sexto dia consecutivo, reagindo ao término da reunião do G20, grupo que reúne os países ricos e os principais emergentes. O comunicado oficial – emitido após o encontro de líderes mundiais em Seul (Coreia do Sul) – mostrou que as nações emergentes poderão adotar novas medidas para conter a apreciação cambial.

A expectativa de que a China eleve a taxa de juros para conter o avanço da inflação no país, somada as possibilidades de que o governo brasileiro também tome novas ações para evitar a valorização do real, colaboraram ainda mais para o avanço do dólar.

A divisa americana fechou o dia com alta de 0,29%, a 1,722 reais para compra e 1,724 reais para venda. Na semana, o ganho frente ao real foi de 2,68% e, no mês, a alta é de 1,31%. Já no acumulado do ano, o dólar apresenta uma queda de 1,12% em comparação à moeda brasileira.

Decisão – Em Seul, os líderes do G20 se comprometeram nesta sexta-feira a evitar desvalorizações competitivas de moedas e a fortalecer a cooperação internacional para reduzir os desequilíbrios globais. “As economias avançadas, incluindo aquelas com moedas de reserva, permanecerão vigilantes à volatilidade excessiva e aos movimentos desordenados das taxas de câmbio”, informa o comunicado dos líderes do G20.

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O documento ainda aponta que as nações emergentes poderão adotar medidas regulatórias para combater o aumento do fluxo de capital. “Em circunstâncias em que os países enfrentam carga excessiva de ajustamento, as respostas políticas das economias emergentes com reservas adequadas e câmbio flexível crescentemente sobrevalorizado podem incluir medidas prudenciais cuidadosamente elaboradas”, indica o texto.

“O comunicado do G20 foi uma declaração de intenções sem nenhuma medida concreta. Não acredito que isso seja suficiente para reverter a apreciação das moedas de países emergentes, pois eles ainda assim oferecem oportunidades de investimentos e melhores retornos”, avalia David Cohen, gestor de renda fixa do Banco CR2. “No curto prazo, o dólar deve seguir no mesmo patamar”, acrescentou.

China – O mercado está de olho na decisão do Banco Popular da China (autoridade monetária do gigante asiático). A expectativa é de que ocorra um aumento da taxa de juros, principalmente por conta da inflação que atingiu 4,4% em outubro, registrando o maior patamar em dois anos.

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“Quando temos um movimento em que a China eleva o juro, o mercado fica preocupado sobre como será o impacto disso na atividade econômica. Se houver redução da demanda interna por lá, consequentemente as commodoties serão afetadas e as moedas de países exportadores, como Brasil e Austrália, sofrerão alguma desvalorização”, afirma Cohen. “Contudo, não acredito que a queda do real seja tão agressivo”.

Brasil – Na quinta-feira, o dólar chegou a operar acima de R$ 1,72 depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o governo pode adotar novas medidas para conter a valorização do real. A moeda americana finalizou ontem com alta de 0,47%, negociada a R$ 1,717 para compra e R$ 1,719 para venda.

Já nesta sexta-feira, Mantega declarou em Seul que a “guerra cambial” ainda não terminou. Ele afirmou que é “quase inevitável” que o mundo adote uma cesta de moeda e que os países já caminham para substituir o dólar como moeda de referência. Segundo ele, isso deve acontecer no “médio prazo”.

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Nesta tarde, o Banco Central (BC) anunciou que comprou dólares no mercado à vista durante um leilão. A autoridade monetária disse em um comunicado que comprou a moeda americana a R$ 1,7231.

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