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Dólar sobe quase 2% e fecha a R$ 3,95, segundo maior valor da história do real

Rumores sobre um novo rebaixamento da nota de crédito e a deterioração das contas públicas puxou nova alta da moeda americana

Por Da Redação
18 set 2015, 17h26

O dólar subiu quase 2% e encostou na casa dos 3,96 reais nesta sexta-feira, em meio ao cenário de deterioração das contas públicas, instabilidade política e crescentes preocupações dos investidores com um novo rebaixamento na nota de crédito do Brasil. A moeda americana, que operou em alta durante todo o pregão, fechou cotada a 3,958 reais, com avanço de 1,96%. Esta é a segunda maior cotação desde a implementação do Plano Real – a primeira foi alcançada no dia 10 de outubro de 2002, quando a divisa bateu os 3,990 reais.

Pela manhã, o mercado já refletia as incertezas que pairam sobre o pacote de ajuste fiscal do governo, estimado em 66,2 bilhões de reais, já que a maioria das medidas depende do aval do Congresso. Com isso, ficou em segundo plano a decisão do Fed (banco central norte-americano) de manter inalterada a taxa de juros nos EUA, o que tende a sustentar a atratividade de papéis de mercados emergentes, como o Brasil.

À tarde, ganharam força os rumores de que o país pode perder o grau de investimento – o selo de bom pagador – na classificação de mais uma agência de risco, a Moody’s. Na semana passada, a Standard and Poor’s já colocou o país no terreno especulativo. Um novo rebaixamento deve provocar intensa fuga de capitais. Um levantamento do Bank of America Merrill Lynch (Bofa), feito com gestores internacionais que aplicam em países emergentes e divulgado nesta tarde, mostrou que 90% deles acreditam que o país terá um “downgrade” de pelo menos duas agências.

“Está havendo boato a torto e a direito, e o mais forte diz respeito a um rebaixamento do Brasil pela Moody’s”, disse o operador da corretora de um banco nacional, sob condição de anonimato. “E não ajuda o fato de ser fim de semana. Ninguém quer ficar exposto se tem chance de a situação azedar”.

Pesou também o adiamento do anúncio dos dados de arrecadação de agosto, de 10h30 para 15h30, o que criou ruídos no mercado e contribuiu para a tensão. E ainda havia a proximidade do fim de semana, com investidores optando pela cautela e indo em busca de proteção.

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A divisa americana chegou a subir 2,07% na máxima do pregão, a 3,9627 reais. Na semana, ela acumulou alta de 2,09%, quinta semana consecutiva de valorização.

Bovespa – O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou o dia em queda de 2,65% – depois de chegar a cair mais de 3% durante opregão -, pulverizando boa parte dos ganhos obtidos na semana. na Bovespa, os negócios também foram pressionado pelos boatos sobre um novo corte no rating brasileiro. Com o recuo, o Ibovespa fechou em 47.264 pontos. O giro financeiro foi de 8,2 bilhões de reais.

No acumulado da semana, o índice de referência teve ganho de 1,86%. Até quinta-feira, a alta passava de 4,5%.

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(Da redação)

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