Dólar fecha em alta e Ibovespa cai após medidas sobre derivativos
Moeda americana avançou 1,77% e fechou a 1,563 real, enquanto bolsa brasileira recuou 1,77%
A medida anunciada nesta quarta-feira pelo ministro Guido Mantega, que autoriza a tributação de 25% nas operações feitas com o dólar no mercado de derivativos, surtiu efeito imediato no valor da moeda americana. Após chegar ao valor mínimo de 1,53 real nesta terça-feira, o dólar avançou 1,77% na BM&FBovespa e terminou o pregão cotado a 1,563 real, enquanto o dólar comercial teve alta de 1,5% e fechou a 1,559 real – trata-se da maior alta da moeda americana nos últimos doze meses.
Já o Ibovespa recuou 1,77% ao longo do dia, castigado por alguns balanços que vieram aquém do esperado, como o do banco Santander Brasil – cuja ação fechou em queda de 6%. O papel da BM&FBovespa também foi penalizado pela medida e recuou 5,13%% nesta quarta-feira. Este é o pior desempenho do índice desde 20 de maio de 2011. Só nos últimos três dias, a bolsa brasileira recuou 3,29% – totalizando perdas de 6,59% em julho. No acumulado do ano, o resultado está negativo em 15,89%.
A medida é mais uma das inúmeras adotadas pelo governo com o objetivo de tentar conter a queda da moeda americana – que vem se depreciando ante grande parte das divisas mundiais devido às incertezas sobre o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos. Caso não ocorra, o país deverá declarar calote em suas obrigações com seus credores financeiros.
Há seis dias do prazo máximo para o pagamento dos juros da dívida americana, o Congresso do país ainda não definiu qual plano será adotado para garantir não só o aumento do teto, mas também os cortes nos gastos públicos que serão feitos no longo prazo.
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