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Dólar fecha a R$ 3,55 — maior cotação em 12 anos

Na 'Segunda-feira Negra", moeda americana valorizou 1,62% frente ao real

Por Eduardo Gonçalves e Luís Lima
24 ago 2015, 17h52

O dólar fechou com alta superior a 1,5% nesta segunda-feira, no patamar de 3,55 reais, o maior nível em 12 anos. A valorização frente ao real reflete a intensa aversão ao risco dos investidores que, com o derretimento das bolsas chinesas, preferem aplicar o dinheiro em ativos e dívidas de países considerados mais seguros, como Estados Unidos e Europa.

Em números mais precisos, a moeda subiu 1,62%, a 3,55 reais na venda, maior cotação de fechamento desde 5 de março de 2003, quando foi negociada a 3,55 reais. No ano, até agora, o dólar já subiu 33,62%. Na máxima da sessão de hoje, o dólar chegou a se valorizar 2,43%, indo a 3,58 reais, nível mais alto no intradia desde 27 de fevereiro de 2003, quando alcançou 3,60 reais. A alta, no entanto, perdeu a força, seguindo o movimento dos mercados externos e o noticiário econômico positivo – nesta segunda, o governo anunciou que vai cortar 10 dos 39 ministérios.

“O mundo, de fato, ‘derreteu’ hoje. As medidas adotadas pela China para incentivar a economia não foram suficientes para segurar a desvalorização do mercado acionário chinês. Primeiro, o governo estimulou uma forte desvalorização do iuane. Depois, elevou a quantidade de títulos que as companhias de seguros podem deter e prometeu mais crédito para financiar operações em bolsa. Isso não foi suficiente”, afirmou o analista da Gradual Investimentos André Perfeito.

“São forças de pânico, não há racionalidade. Em um dia como hoje, não há nada a fazer: é esperar e ver o quanto o dólar sobe”, avalia o economista da 4Cast, Pedro Tuesta. Ele ressaltou, no entanto, que o avanço visto mais cedo foi exagerado. Além disso, ponderou que, “se não houver recuperação (da China), o Fed preferirá adiar (a alta dos juros). Os danos foram significativos”, referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano, que está na iminência de elevar os juros nos Estados Unidos.

As bolsas de Xangai e Shenzhen desabaram mais de 8% nesta sessão, reforçando o quadro de preocupações com a China, que vem afetando o apetite por ativos de risco, como aqueles denominados em reais, nos mercados globais.

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“A China deu início ao pânico no mundo hoje. Aliado a isso, a gente tem grande vulnerabilidade por causa das incertezas políticas”, disse o especialista em câmbio da Icap Corretora, Ítalo Abucater, para quem o dólar deve chegar a 4 reais ainda este ano, mas encerrará 2015 no patamar entre 3,70 e 3,80 reais.

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