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Dólar fecha a R$ 2,61 pela 1º vez desde abril de 2005

Incerteza sobre o crescimento global, a recuperação da economia brasileira e o baixo volume de negócios motivaram a alta

Por Da Redação
8 dez 2014, 17h00

O dólar subiu nesta segunda-feira e fechou a 2,61 reais pela primeira vez desde meados de 2005. Analistas justificam a alta com a saída de investidores estrangeiros, associada a um baixo volume de negócios e à piora das perspectivas para o crescimento da economia global.

No Brasil, tem contribuído para a alta do dólar a incerteza sobre quais medidas a nova equipe econômica tomará para enfrentar o quadro doméstico de inflação alta e crescimento baixo, além do futuro do programa de intervenções diárias do Banco Central no câmbio.

A moeda norte-americana subiu 0,7%, a 2,6115 reais na venda, maior cotação de fechamento desde abril de 2005. “Num dia de baixo volume que nem hoje, qualquer operação acaba fazendo estrago”, disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

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Segundo operadores, a grande operação de saída de dólares ocorreu aproximadamente ao mesmo tempo em que o petróleo Brent ampliou as perdas para queda de 3 dólares por barril, ainda refletindo a perspectiva de oferta abundante combinada com demanda fraca devido ao enfraquecimento da economia global. “O mercado está fraco, com pouco volume, o que é tradicional do fim do ano”, afirmou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel, citando ainda a indefinição sobre as medidas econômicas que serão adotadas pela próxima equipe econômica.

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Joaquim Levy e Nelson Barbosa, indicados para assumir os ministérios da Fazenda e do Planejamento, respectivamente, já trabalham para mostrar uma orientação mais ortodoxa na política econômica, o que inicialmente animou os mercados.

Mas após o otimismo inicial, investidores voltaram a adotar cautela, buscando sinais concretos de que as promessas de maior transparência e contenção fiscal serão cumpridas. “A perspectiva está incerta, o que autoriza uma postura de investimentos mais defensiva. Existe um viés de melhora, mas ainda há muita indefinição”, resumiu o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos estrangeira.

O mercado também busca sinais sobre o futuro do programa de intervenções diárias do Banco Central, que está marcado para durar até pelo menos o fim deste ano. Se o programa for reduzido ou eliminado, o resultado será uma diminuição da liquidez do mercado doméstico justamente no ano em que se espera que o Federal Reserve, banco central norte-americano, comece a elevar os juros.

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(Com Reuters)

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