Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Pesquisa eleitoral faz dólar fechar acima de R$ 2,40 — a maior cotação em 7 meses

Fortalecimento de Dilma Rousseff em pesquisa eleitoral fez a moeda americana subir 0,53%, a R$ 2,407. Já a Bovespa fechou no menor patamar desde agosto

Por Da Redação
23 set 2014, 18h29

O fortalecimento da candidata à reeleição Dilma Rousseff na simulação de segundo turno da disputa presidencial, conforme mostrou levantamento do CNT/MDA, e a expectativa de consolidação desta tendência pelo levantamento do Ibope/Estadão/TV Globo, levaram o dólar a fechar acima do patamar de 2,40 na sessão desta terça-feira. Foi a primeira vez em sete meses que a moeda americana encerrou acima deste patamar. Além disso, é a 11ª alta da moeda norte-americana nas últimas 12 sessões.

De acordo com a pesquisa do CNT/MDA, em um eventual segundo turno, Dilma teria 42% das intenções de voto contra 41% de Marina. O cenário é de empate técnico, já que a margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais. Como vem sendo visto desde abril deste ano, tanto a bolsa quanto o dólar têm oscilado ao sabor das pesquisas eleitorais. Investidores penalizam o real e a Bovespa sempre que a presidente Dilma demonstra avanço nas pesquisas, numa clara mensagem de contrariedade à preferência eleitoral pela candidata petista. Dilma é vista como a principal autora da política econômica que levou o Brasil à espiral de desaceleração econômica e alta da inflação observada nos últimos dois anos.

Câmbio – Participantes do mercado usam o avanço nas intenções de voto na candidata petista como pretexto para testar a tolerância do Banco Central (BC) à valorização da moeda norte-americana. No fim da sessão, o dólar subiu 0,53%, a 2,4070 reais. Na máxima do dia, alcançou 2,4149 reais, o maior nível desde 19 de fevereiro.

“Enquanto o BC não dá as caras, cresce a volatilidade e aumenta a pressão para o dólar subir”, afirmou o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold. Ele acredita que a autoridade monetária vai ampliar as intervenções no mercado de câmbio somente no próximo mês, quando ficar claro se a recente alta da divisa é sustentada ou não. Em situações similares de forte pressão de alta do dólar, o BC reagiu com o aumento da rolagem de swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólares.

Neste mês, contudo, o BC tem mantido a oferta diária de 6 mil swaps para rolar os contratos que vencem em outubro, com venda integral da oferta, como fez nesta sessão. Se mantiver esse ritmo, rolará 76% do lote total, que corresponde a 6,677 bilhões de dólares, proporção menor do que a rolagem do mês passado (88%).

Continua após a publicidade

Leia mais:

Dólar encosta em R$ 2,40 e Bovespa recua 1,7% com expectativas sobre pesquisas eleitorais

Rodrigo Constantino: Vem pesquisa ruim por aí…

Dilma: influência de pesquisa eleitoral na Bolsa é ‘ridícula’

Continua após a publicidade

Com pancadaria eleitoral, Bolsa recua 6% e Petrobras perde 12% na semana

Bovespa – Também pressionado pelo cenário eleitoral, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou nesta terça-feira em baixa de 0,49%, aos 56.540 pontos. Este é o menor patamar desde agosto e a quinta queda seguida do índice. Nos últimos 15 pregões, o Ibovespa fechou em alta apenas três vezes.

“Os movimentos têm sido extremos no que diz respeito à repercussão do cenário eleitoral, com o mercado encarando sinais de a oposição vencer como o céu, enquanto veem o inferno no caso de vitória do governo. E não é nem um nem outro”, disse o gestor e sócio na Principia Capital Management, Marcello Paixão.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.