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Dólar é vendido a R$ 3 em casas de câmbio e preocupa viajantes

Moeda americana atingiu maior patamar em dez anos. Sugestões variam entre comprar quantias aos poucos ou adquirir toda a quantia necessária de um vez

Por Da Redação
11 fev 2015, 11h06

Se o dólar comercial fechou a terça-feira a 2,8310 reais, o dólar turismo beirava ou mesmo ultrapassava a marca dos 3 reais em casas de câmbio. Na Cotação Corretora, o dólar em espécie era vendido a 3,04 reais com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A moeda no cartão pré-pago era comercializada a 3,19 reais. Na Confidence Corretora, o dólar também era vendido a 3,04 reais em dinheiro e a 3,20 reais no cartão pré-pago. Na Sol Corretora, o dólar em espécie saía 2,96 reais. Já no cartão pré-pago, a cotação era de 3,15 reais. Com isso, o preço salgado do dólar turismo preocupa quem planeja ou quem está com viagem marcada para o exterior.

Para o diretor da Cotação Corretora, Alexandre Fialho, por causa do cenário de incertezas e da volatilidade do câmbio, a melhor opção é comprar quantias aos poucos. “Os viajantes já estão programando sua saída com antecedência, então também precisam programar e parcelar a compra da moeda”, diz ele. “Comprando uma certa quantia por mês, ele terá uma média do preço – pode não ter o melhor, mas dificilmente terá o pior. É quase impossível acertar o menor preço. Se nem os especialistas sabem ao certo para onde vai o dólar, imagina o viajante.”

Sobre o tipo de produto, Fialho recomenda que o viajante tenha sempre uma quantia no cartão pré-pago, mesmo com a incidência maior do IOF, pela comodidade e pela segurança. “Se houver qualquer imprevisto, ele pode fazer uma recarga a distância”. Em dezembro de 2013, o governo elevou de 0,38% para 6,38% o IOF para gastos no exterior com cartões de débito e pré-pagos, cheque de viagem e saques em moeda estrangeira.

O especialista de investimentos do banco Ourinvest, Mauro Calil, acredita que o viajante deve juntar dinheiro e comprar a quantia que necessita o mais rápido possível, por causa da tendência de alta do dólar. “Ele deve chegar a 3 reais, o problema é quando. Acredito que no meio do ano, entre junho e agosto”.

A alta do moeda também desperta o interesse de investidores que querem saber se vale a pena comprar dólar como aplicação financeira. Para quem não vai viajar, Calil não aconselha o investimento em câmbio, pelo alto risco da operação. “Dólar ou valoriza ou desvaloriza. Não rende juros, nem aluguel, nem dividendos”, afirma ele. “Para aplicação em poucas quantidades, é melhor optar pela renda fixa, com 5% de rendimento em 5 meses a risco zero, do que 8% ou 10% de ganho no mesmo período com um risco muito mais elevado.”

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Cenário – O turbilhão de incertezas que atinge o mercado brasileiro levou o dólar ao maior patamar desde 8 de novembro de 2004. A moeda americana fechou a terça-feira em 2,8310 reais, alta de 1,83%. Desde o fim de janeiro, o dólar vem numa clara escalada ante o real. Em 29 de janeiro, ele estava cotado a 2,6080 reais. Apenas oito dias depois, a cotação teve alta de 22 centavos. O gatilho para o movimento foram os comentários do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no dia 30 de janeiro.

Na ocasião, ele afirmou que o governo não tem a intenção de manter o câmbio “artificialmente valorizado”. De lá pra cá, os números e as notícias que saíram ampliaram as dúvidas sobre a capacidade de o governo conseguir reequilibrar a economia. “Temos os problemas de sempre: risco de racionamento de energia, falta de água, PIB baixo”, acrescentou o gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa.

Notícias que vêm do exterior também têm contribuído para a valorização do dólar. Na última sessão, a incerteza em relação ao destino da Grécia foi o principal pano de fundo externo para o avanço da moeda norte-americana. As informações eram de que a Comissão Europeia teria preparado uma proposta para prolongar em seis meses o resgate financeiro da Grécia. No entanto, o ministro da economia da Alemanha, Wolfgang Schäuble, descartou a possibilidade de novo acordo para a dívida grega. E como não está claro nem mesmo se o país aceitaria um novo acordo, a indefinição permanece.

(Com Estadão Conteúdo)

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