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Dólar sobe 2,68% e termina a R$ 3,86, maior valor desde outubro de 2002

Movimento foi impulsionado por incertezas envolvendo o cenário político e econômico brasileiro, além de dados nos EUA que reforçam alta de juros este ano

Por Da Redação
4 set 2015, 17h48

O dólar fechou em alta superior a 2,5% nesta sexta-feira, renovando a máxima em 13 anos, em meio às persistentes incertezas envolvendo o cenário político e econômico interno e após os dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos reforçarem visões de que os juros podem subir neste ano na maior economia do mundo. No fim da sessão, a moeda americana saltou 2,68%, a 3,8605 reais na venda, maior cotação de fechamento desde 23 de outubro de 2002 (3,915 reais). Na semana, o dólar subiu 7,68%. Na máxima desta da sessão, a moeda norte-americana foi a 3,8625 reais.

“Estamos com cenário interno muito conturbado e o externo também não ajuda, com os problemas vindos da China e alguns sinais de melhora da economia dos Estados Unidos”, disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues, acrescentando que, na sua visão, o dólar manterá a tendência de alta.

Pouco após a abertura dos negócios, foram divulgados indicadores do mercado de trabalho dos Estados Unidos que mostraram desaceleração do crescimento do emprego no mês passado. No entanto, os dados de junho e julho foram revisados para cima, o que pode influenciar o Federal Reserve, banco central dos EUA, a elevar a taxa de juros em breve.

“Os investidores gostaram das revisões. Esses números reforçam as expectativas de aumento de juros ainda para este mês por parte do Fed”, escreveu o operador de câmbio da Correparti Corretora Jefferson Luiz Rugik, em nota a clientes. Juros mais elevados nos EUA podem atrair para aquela economia recursos atualmente investidos em outros países, como o Brasil.

No Brasil, os investidores também continuaram de olho no cenário político e econômico atribulado. Na véspera, o governo fez esforço concentrado para demonstrar que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, segue na condução da economia do país, apesar de intensas especulações de perda de espaço e de que ele deixaria o cargo.

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Além disso, o vice-presidente Michel Temer afirmou, em encontro com empresários, que considera difícil a presidente Dilma Rousseff concluir o atual mandato se a popularidade dela continuar muito baixa, alimentando visões de que o governo está com a base cada vez mais fraca. “O mercado arrefeceu ontem depois da notícia que o ministro Levy fica, mas ainda permanece esse ranço, essa preocupação de até que ponto isso é verdade”, disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora Reginaldo Galhardo.

Bovespa – Também afetada pelo ambiente doméstico fragilizado, a bolsa brasileira terminou em queda de 1,7%, a 46.559 pontos, segundo dados preliminares. Na semana, o índice de referência do mercado acionário brasileiro cotabilizou um declínio de 1,26%.

(Da redação)

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