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Dólar abre em alta e vai a R$ 3,75

Mercado está principalmente apreensivo com as incertezas do cenário doméstico, de deterioração do quadro fiscal e da possibilidade de perda do grau de investimento

Por Da Redação
2 set 2015, 10h07

Após subir em três pregões seguidos, o dólar segue em trajetória de alta nesta quarta-feira. Logo no início da sessão, às 9 horas, a moeda americana chegou a bater 3,73 reais e por volta das 11h40, a divisa avançava 1,73%, a 3,75 reais, pela primeira vez desde o fim de 2002.

O mercado ainda está apreensivo com a situação fiscal do país após o governo enviar ao Congresso o texto do Orçamento de 2016 com a previsão de um déficit de 30,5 bilhões de reais. Os investidores viram na proposta orçamentária um enfraquecimento da posição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, à frente da condução da política econômica do país – o ministro preferia cortar gastos do que deixar as contas fecharem no vermelho no próximo ano.

Os operadores também colocam na conta a notícia de que o rombo das contas públicas pode ser maior do que o previsto pelo governo, de 70 bilhões de reais. Também há o crescente temor de que, após o reconhecimento da gravidade da crise econômica, o país perca o grau de investimento.

“Tanto na política quanto na economia, a situação está muito difícil. É provável que o dólar suba ainda mais”, afirmou o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca, que espera que a moeda americana se aproxime de 4 reais nas próximas semanas.

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Os operadores também estão de olho nos efeitos que a desaceleração econômica da China pode desencadear no mundo, sobretudo nos países emergentes. Nesta quarta-feira, a bolsa de Xangai fechou com uma ligeira queda, de 0,2%, a 3.160,17 pontos. Há indícios, no entanto, de que Pequim precisou intervir nos negócios da tarde (no horário local), uma vez que o Xangai Composto, principal índice do país, chegou a despencar 4,7% na abertura.

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A atuação do Banco Central (BC) também tem sido um foco importante para o mercado, que questiona se pode aumentar sua intervenção no câmbio para desacelerar o avanço da moeda americana. Cotações mais altas tendem a pressionar a inflação ao encarecer importados. “A questão é que o BC não vai usar armas poderosas demais, como leilões (de dólares) no mercado à vista, porque aí a sinalização vai fazer o mercado testar a disposição dele (de intervir cada vez mais)”, afirmou o operador de um importante banco nacional.

(Da redação)

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