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Dívidas fazem Eike Batista perder posto de bilionário

Segundo ranking da Bloomberg, patrimônio do empresário recuou para 200 milhões de dólares - ou 450 milhões de reais

Por Da Redação
25 jul 2013, 19h00

Eike Batista é, hoje, um ex-bilionário. O empresário brasileiro que há um ano era o oitavo homem mais rico do mundo viu sua fortuna recuar de 34 bilhões de dólares no início de 2012 para 200 milhões de dólares nesta quinta-feira. Segundo a Bloomberg, o empresário, cuja fortuna já tinha ‘enxugado’ para 2,9 bilhão de dólares no início de julho e despencou mais ao longo do mês, foi expulso do ranking dos bilionários porque foi descoberta uma dívida de 1,5 bilhão de dólares com o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala.

A Bloomberg conversou com três fontes a par da situação que afirmaram que a dívida de 1,5 bilhão de dólares se soma às garantias de 2 bilhões de reais de sua fortuna pessoal que o empresário havia dado para lastrear empréstimos de suas empresas, sobretudo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Dívidas – A capacidade de Eike honrar o pagamento das dívidas de suas empresas foi colocada em xeque ao longo dos últimos dois meses, sobretudo no caso da petroleira OGX. Bancos chegaram a afirmar que a empresa poderá ficar sem caixa em um ano, caso não consiga obter receita com a extração de petróleo. A agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou o rating da dívida da OGX para o grau ‘pré-default’, que significa um alto risco de a companhia não conseguir pagar suas dívidas. A Moody’s fez o mesmo.

Segundo um relatório do Bank of America Merrill Lynch, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa estão altamente expostos ao endividamento do grupo EBX. O documento também relata a exposição de instituições privadas, como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC e BTG Pactual. Como a holding EBX não possui capital aberto (e, por isso, não divulga seus balanços) a estimativa de endividamento do grupo com os bancos ainda é parcial. Mas, mesmo assim, o montante impressiona: 13 bilhões de reais.

Segundo informações oficiais obtidas pela Bloomberg junto ao BNDES, o bilionário chegou ao ponto de utilizar sua fortuna pessoal como garantia para 2,3 bilhões de reais em empréstimos junto ao BNDES. No total, o banco disponibilizou 10,4 bilhões ao empresário desde 2007. Contudo, o valor, de fato, desembolsado pelo BNDES ainda não é público.

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O “inferno astral” de Eike Batista nos negócios começou em junho de 2012, quando a OGX informou que a capacidade de produção de seus poços seria muito menor do que o divulgado a investidores na abertura de capital da companhia. De lá pra cá, todos os projetos de Eike foram colocados em xeque. A situação se agravou nesta segunda-feira, quando a OGX Petróleo informou que poderá fechar seu único poço petrolífero ativo.

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