Dívida pública americana supera os 15 trilhões de dólares
Cifra corresponde a 99% do PIB que a Casa Branca prevê para o país em 2011
A dívida pública americana superou os 15 trilhões de dólares, informou nesta quarta-feira o departamento do Tesouro.
A cifra era de 15,03 trilhões de dólares na terça-feira, o que corresponde a 99% do PIB previsto pela Casa Branca para o ano de 2011. “Este é um dia desonroso na história americana”, disse Paul Ryan, presidente da comissão da câmara sobre o orçamento. “Os americanos merecem dirigentes que resolvam verdadeiramente este problema.”
Rick Perry, candidato à indicação republicana para as eleições presidenciais de novembro de 2012, denunciou a “política socialista de Obama que arruína o país”. O governador do Texas afirmou que “é tempo de reformar Washington”.
“A dívida dos Estados Unidos equivale a mais de 48 000 dólares por cidadão americano”, destacou Reince Priebus, presidente do Comitê Nacional Republicano.
“Temos uma dívida tão grande quanto nossa economia. Isto nos faz parecer muito com a Grécia”, disse o senador Mitch McConnell.
A superação do valor de 15 trilhões de dólares ocorre no momento em que o comitê misto (democratas e republicanos) do Congresso para a redução do déficit orçamentário tenta alcançar um acordo para definir cortes no orçamento de ao menos 1,2 trilhão de dólares no prazo de 10 anos.
Se não houver um acordo até 23 de novembro, a lei prevê a adoção automática, a partir de 2013, de reduções de gastos do estado no valor mínimo de 1,2 trilhão de dólares ao longo de uma década, divididas em partes iguais entre Defesa e o restante do orçamento.
A dívida pública dos Estados Unidos caiu a 10 trilhões de dólares em setembro de 2008, mas desde então o país acumulou um trilhão de passivo adicional a cada sete meses e meio, em média.
Em seu último relatório das finanças públicas, divulgado em setembro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou que a dívida dos Estados Unidos chegará a 100% do PIB até o final do ano, a 105% em 2012, e atingirá 115% em 2016.
(com Agência France-Presse)