Dívida pública cai 1,35% em julho, a R$ 2,17 trilhões
Tesouro atribui queda ao forte volume de vencimentos de títulos públicos e à quantidade menor de dias úteis devido à Copa do Mundo
O Tesouro Nacional anunciou nesta quarta-feira que o estoque total da dívida pública federal, que inclui débitos dentro do país (dívida interna) e com outros países (externa) recuou 1,35% em julho na comparação com junho, registrando 2,17 trilhões de reais.
A maior redução veio da dívida interna, que fechou julho em 2,082 trilhões de reais, queda de 1,39% ante o mês anterior. Já a externa contabilizou 91,21 bilhões no mês passado, 0,56% menor do que junho.
Dívida pública recua em julho
Tesouro
Segundo o Tesouro, após sucessivas altas, a queda no mês passado se deve ao forte volume de vencimentos de títulos públicos, no valor de 82,88 milhões de reais. Além disso, foram emitidos 31,34 bilhões de reais em papéis do governo em julho, o que permitiu um resgate líquido (diferença entre emissões e resgates) de 51,53 bilhões de reais no período. Um fator que impediu redução maior na dívida foi a despesa com juros no valor de 19,16 bilhões de reais em julho.
De acordo com Fernando Garrido, coordenador-geral de Administração da Dívida Pública do Tesouro Nacional, o número menor de dias úteis em julho, devido á Copa do Mundo, ajudou a sustentar o recuo, pois o volume de emissões de títulos públicos caiu. As emissões da dívida interna em julho, por exemplo, somaram 31,29 bilhões de reais – o menor valor desde fevereiro deste ano (27,38 bilhões de reais).
Leia também:
Arrecadação soma R$ 98,8 bi em julho – pior resultado no mês desde 2010
Tesouro pede 3 bilhões de reais de dividendos do BNDES
Investidores – A participação dos investidores estrangeiros no estoque da dívida pública interna subiu de 18,17% em junho para 18,52% em julho, somando 385,67 bilhões de reais. O montante dos títulos que está em posse de instituições financeiras, por outro lado, caiu de 29,64% para 28,25% entre junho e julho. Já os fundos de investimentos aumentaram a fatia de 20,75% para 21,17%. Na categoria Previdência, a participação subiu de 17,08% para 17,42%. Já as seguradoras tiveram crescimento na participação de 3,96% para 4,03%.
(Com Estadão Conteúdo e agência Reuters)