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Dívida da Petrobras deve passar de US$ 100 bi até 2018

Agências de classificação de risco, porém, acreditam que a empresa conseguirá diminuir seu endividamento nos próximos anos

Por Da Redação
12 mar 2014, 09h20

A dívida líquida da Petrobras vai crescer por ano, até 2018, cerca de 20 vezes menos do que cresceu no ano passado

A dívida líquida da Petrobras deverá passar de 100 bilhões de dólares até 2018, ou cerca de 223 bilhões de reais, 35% maior do que seu valor de mercado hoje, de 165 bilhões de reais. A captação de 8,5 bilhões de dólares feita junto a investidores internacionais na segunda-feira contribuirá, em parte, para a alta do endividamento da empresa.

Analisando as grandes petroleiras do mundo, as dívidas da Petrobras são as maiores entre seus pares e seu crescimento – para financiar o pesado programa de investimento – é uma das principais preocupações de analistas e investidores. Mesmo assim, os mais de 13,5 bilhões de dólares já captados neste ano não fizeram as agências classificadoras de risco alterar a avaliação sobre a empresa. Elas acreditam que, até certo grau, o governo respaldará a companhia em caso de necessidade. �Embora os indicadores de crédito tenham se deteriorado, eles permanecem compatíveis com as expectativas da Fitch�, afirmou a agência em relatório.

Além disso, o impacto final das captações não será integral, pois parte das dívidas da empresa será rolada, termo usado para se referir ao adiamento do pagamento de débitos. O maior aumento ocorreu no ano passado, quando a dívida subiu 22,3 bilhões de dólares, uma alta de 30,8% em apenas 12 meses. Agora, o crescimento vai desacelerar. A dívida líquida da Petrobras vai crescer por ano, até 2018, cerca de 20 vezes menos do que cresceu no ano passado. Em média, 1,1 bilhão de dólares ao ano.

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Novo plano – Segundo o novo plano de negócios quinquenal da Petrobras (2014-2018), 60,5 bilhões de dólares serão levantados em dívida bruta até 2018. Os 8,5 bilhões de dólares captados fazem parte dessa conta. No mesmo período, 54,9 bilhões de dólares serão amortizados, restando um aumento da dívida líquida de 5,6 bilhões de dólares até 2018, bem menor do que a de dezembro de 2013 (94,6 bilhões de dólares).

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A Fitch espera que os indicadores de crédito da companhia deverão se enfraquecer nos próximos dois a três anos, por causa de seu agressivo programa de investimentos e do prejuízo com importação de combustíveis. O grau de investimento está mantido.

Para a S&P, a nota da companhia reflete a �visão de que há uma probabilidade �muito alta� de o governo brasileiro prover suporte extraordinário tempestivo e suficiente à empresa no caso de estresse financeiro�.

A Moody�’s vai no mesmo sentido. A agência agrega que os ratings (notas de confiabilidade) podem ser rebaixados caso o crescimento da produção fique abaixo das metas ou em caso de progresso limitado no ajuste e obtenção de flexibilidade no programa de capital, se a alavancagem financeira aumentar e for sustentada com indicador dívida/Ebitda acima de 4 vezes. Em dezembro, o indicador estava em 3,52 vezes.

(com Estadão Conteúdo)

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