Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Diretor do BC diz que há riscos altos de recessão global

Por Da Redação
27 ago 2011, 20h01

Por Ricardo Leopoldo, Aline Bronzati e Altamiro Silva Júnior

Campos do Jordão – O diretor de Regulação do Sistema Financeiro e de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, afirmou que a crise mundial não indica que a economia global está “à beira de colapso, mas há riscos altos de recessão”. Segundo ele, uma das consequências dos problemas registrados no cenário internacional para o Brasil é a “tendência estrutural de apreciação do real”, o que é reflexo das mudanças nos polos que estão movendo a economia global e da melhora dos fundamentos do País. Ele fez os comentários em discurso realizado no 5º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais, que está sendo realizado pela BM&FBovespa em Campos do Jordão.

Para ele, o avanço da economia brasileira, num contexto de desaceleração dos países avançados, torna o real um ativo “importante, tanto para a alocação de recursos quanto para a diversificação de riscos”. Segundo ele, o Brasil é um polo de atração de capitais internacionais, de longo e curto prazos. “Sabemos que ingressos excessivos de capitais podem provocar instabilidade”, disse. Além do risco de reversão súbita destes fluxos de recursos, caso ocorra um agravamento da crise nos países centrais, podem ocorrer aumento excessivo do crédito para o sistema financeiro interno e da volatilidade e exacerbação da tendência de apreciação da taxa de câmbio. Awazu também destacou que podem ocorrer também pressão inflacionária e elevação acentuada dos preços de ativos, como ações e imóveis.

De acordo com o diretor do BC, o Brasil está melhor preparado em 2011 para enfrentar a crise, inclusive devido ao reforço do tripé da política econômica. Ele destacou que a inflação caminha para a convergência da meta da inflação em 2012. O diretor ressaltou o volume de reservas que é US$ 150 bilhões superior ao registrado em 2008 e que os depósitos compulsórios de bancos estão R$ 170 bilhões acima do apurado há três anos. “Outro elemento essencial de nossa resiliência é o controle da política fiscal, elemento que está sendo fortalecido”, destacou.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já destacou que o governo deve cumprir o superávit primário cheio até2014 e que a intenção do Poder Executivo é reduzir impulsos dos gastos públicos correntes, a fim de dar condições estruturais para que os juros baixem no País, desde que a inflação esteja sob controle.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.