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Dilma Rousseff aprova ‘gatilho’ para combustíveis

Preço dos derivados de petróleo será reajustado duas ou três vezes por ano

Por Da Redação
2 nov 2013, 15h50

Atualizada em 3 de novembro às 15h01

Na disputa aberta no interior do governo em torno da dimensão e da forma do reajuste do preço da gasolina, a presidente da Petrobras, Graça Foster, ganhou o embate com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo um auxiliar presidencial não identificado pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff avalizou a concessão de um “gatilho” para reajustar os preços dos derivados de petróleo, “duas ou três vezes por ano”, e garantir “previsibilidade” aos planos de negócios da Petrobras.

Graça defendia exatamente um mecanismo que desse previsibilidade às correções da gasolina e do diesel, mas Mantega resistia. Tanto é que, na quarta-feira, ocorreu um curto-circuito: a presidente da Petrobras divulgou um fato relevante explicando em linhas gerais o novo mecanismo de preços, e o ministro disse que a medida ainda estava em estudo e não poderia ser feita “de afogadilho”.

Na tarde deste sábado, a Presidência da República divulgou nota oficial afirmando que a presidente ainda não “emitiu opinião” sobre os mecanismos de reajuste de preços de combustíveis. Segundo o Estado, contudo, o desmentido teria sido feito para apaziguar Guido Mantega. Ele ficou incomodado porque apareceu como derrotado no caso”, informou um auxiliar da presidente ouvido pelo jornal. “Não chegou nenhum papel para a presidente, mas está decidido na cabeça dela.”

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A medida aprovada por Dilma, segundo o Palácio do Planalto, será calibrada em detalhe para tentar não pressionar a inflação, ainda a principal preocupação macroeconômica da presidente. Objetivo declarado do governo até aqui, a manutenção dos índices de inflação abaixo daqueles registrados no ano passado, é um ponto de honra para Dilma.

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Ao reforçar o caixa da estatal para evitar novas “punições” do mercado, como um eventual rebaixamento de nota pelas agências de classificação de risco, Dilma também “premia” os esforços feitos por Graça Foster para recuperar as finanças da empresa e blindar as operações de ingerências e nomeações políticas. “Depois do que ela fez, o Mantega não poderia ganhar essa”, disse a fonte.

Embora considere “excelente” o resultado obtido por Graça na petroleira, Dilma também decidiu que o “gatilho” não será exatamente como quer a Petrobras, atrelado a cotações internacionais do petróleo e a fórmulas complexas de indexação a produtos no exterior.

O país não pode, segundo a avaliação do Palácio do Planalto, “importar” inflação derivada da flutuação das cotações e da instabilidade típicas do mercado de petróleo. O uso do câmbio como indexador dos preços internos também é considerado potencialmente perigoso pelo governo. A ideia é que o efeito das oscilações do petróleo e do dólar sejam calibrados.

(Com Estadão Conteúdo)

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