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Dilma ao Conselhão: ‘CPMF é melhor solução disponível’

Presidente afirmou que está aberta ao diálogo, mas fez questão de ressaltar que será difícil o surgimento de uma alternativa ao imposto

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jan 2016, 17h47

A presidente Dilma Rousseff deixou evidente no discurso de encerramento da primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão, um de seus principais objetivos ao ressuscitar o grupo, esquecido há um ano e meio: a busca de apoio a propostas impopulares do governo, como a recriação da CPMF e a reforma da Previdência. Chamou atenção o esforço, quase em tom de desespero, para convencer os presentes da importância da criação de mais um imposto no país para reequilibrar as contas públicas. A uma plateia de mais de cem pessoas, entre ministros, empresários e membros da sociedade civil, Dilma fez um apelo pela aprovação do imposto do cheque e sentenciou: “CPMF é a melhor solução disponível”.

O Conselhão esteve reunido ao longo de toda a tarde desta quinta-feira e foi palco de propostas para tirar o país da profunda crise econômica, como o estabelecimento de um limite para o crescimento do gasto público e a adoção de medidas para o estímulo de crédito. No pronunciamento, Dilma dedicou atenção especial à aprovação do retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira . “Muitos podem ter dúvidas e até mesmo se oporem a essas medidas, em especial à CPMF. Certamente terão bons argumentos. Mas eu peço, e peço encarecidamente, que reflitam sobre a excepcionalidade do momento, que torna a CPMF a melhor solução disponível”.

Depois do apelo, a petista afirmou que está aberta ao diálogo caso alguém tenha uma alternativa ao imposto tão eficiente quanto a cobrança e ressaltou que a medida é “rigorosamente temporária”. “Mesmo assim estou inteiramente aberta para conhecer eventuais opções e analisá-las com boa vontade”, disse.

A aprovação da CPMF depende do aval do Congresso Nacional, onde encontra dura resistência por parte de partidos da base e da oposição. O Orçamento de 2016 aprovado pelos parlamentares no fim do ano passado já traz a previsão de uma arrecadação de 10,3 bilhões de reais com a nova taxação, considerada vital pelo governo para evitar um aprofundamento da crise econômica.

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Em coletiva à imprensa, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, fez coro ao discurso da presidente e ponderou que o governo avaliou todas as demais alternativas, mas optou pela CPMF por considerá-la um imposto com menor impacto regressivo e na economia e com uma base ampla de arrecadação. “Na nossa análise, a CPMF é a melhor alternativa para criar essa poupança necessária que nós precisamos enquanto discutimos reformas de longo prazo”, afirmou.

‘Apelão’ – Sem ter entre suas principais marcas a boa vontade para dialogar, a presidente adotou um discurso em busca de unificação e disse que a conjuntura política cobra serenidade, disposição ao diálogo e busca de convergências mínimas. Embora não tenha feito um mea-culpa sobre suas políticas econômicas erráticas que levaram à crise, a petista admitiu a necessidade de ajuda: “Preciso do conselho, preciso das ideias e das propostas do conselho (…) para aquela que é a maior prioridade: voltar a crescer de forma sustentável para gerar emprego e renda para a nossa população”, clamou.

“Quero dizer que tenho a determinação de conduzir o Brasil à vitória sobre a crise e que quero, mais do que nunca, que isso seja feito em parceria. Conto com o senhores. Nós precisamos entregar, e eu especialmente, o Brasil a meu sucessor em 2019 preparado para o desafio das próximas décadas”, continuou a petista. Acuada por um processo de impeachment, aliás, Dilma fez questão de declarar, em ao menos três momentos, que exercerá o mandato até 2018. Para isso, a petista conta justamente com as medidas do conselhão para resgatar a popularidade e conseguir arrefecer os movimentos contra o seu governo

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