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Depois do formol, álcool é encontrado em lotes de leite no RS

Fiscalização do Ministério da Agricultura apurou a presença de álcool etílico em duas cooperativas gaúchas

Por Da Redação
5 ago 2014, 19h45

Uma ação de inspeção do Ministério da Agricultura detectou a presença de álcool etílico no leite de duas cooperativas gaúchas: a Santa Clara e Petrópolis. A fiscalização foi feita no dia 24 de junho na Santa Clara e de 15 a 20 de julho na Petrópolis. O álcool é usado na tentativa de ocultar a adição de água, que dá maior volume ao leite. Segundo o Ministério, as quantidades encontradas não representam riscos para a saúde dos consumidores.

As duas cooperativas negam que tenha ocorrido qualquer irregularidade nas fases de recepção, processamento e distribuição do leite e sustentam que isso está comprovado por testes de controle de qualidade que fazem. Mesmo assim, a Petrópolis acatou determinação do Ministério da Agricultura e recolheu os lotes de leite UHT integral L02/2 e L2-3 embalados em 26 de junho, com prazo de validade até 26 de outubro, e de requeijão light L2 fabricado em 30 de junho com validade até 30 de setembro. Além de retirar os lotes do varejo, a cooperativa orientou consumidores que tenham unidades dos produtos em casa a telefonar para seu serviço de atendimento, anunciado que enviará funcionários ao endereço informado para efetuar a troca por leite e requeijão de outros lotes.

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No caso do leite pasteurizado da Santa Clara, ainda não está informado se o volume colocado sob suspeita pelo Ministério da Agricultura foi descartado ou enviado ao mercado. Neste caso, não haveria como fazer recall porque o produto dura poucos dias e já teria sido consumido. A cooperativa reiterou, por nota, que submete toda a matéria-prima que recebe a análises, tanto nos postos de captação quanto na indústria. Como não tem registros de presença de álcool etílico no leite, anunciou que pedirá esclarecimentos ao Ministério da Agricultura.

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No final da tarde desta terça-feira, o Ministério Público do Rio Grande do Sul convocou as cooperativas a prestarem esclarecimentos na sexta-feira sobre a contaminação de lotes de leite por álcool etílico. O objetivo do MP é investigar se a adulteração foi feita por entregadores ou nas unidades das próprias cooperativas, e se foi acidental ou proposital. Caso tenha sido intencional, o MP afirmou que vai investigar toda a cadeia, do produtor à entrega para o varejo.

Operação – O Ministério Público gaúcho desencadeou em maio a Operação Leite Compensado, com o cumprimento de nove mandados de prisão e treze de busca e apreensão nas cidades de Ibirubá, Guaporé e Horizontina, após apurar a contaminação do leite fabricado por cooperativas gaúchas. A ação constatou que uma das formas de fraude identificadas é a da adição de uma substância semelhante à ureia, e que tem formol em sua composição, na proporção de 1 kg deste produto para 90 litros de água e mil litros de leite. A adulteração consiste no crime hediondo de corrupção de produtos alimentícios, previsto no artigo 272 do Código Penal. A simples adição de água, com o objetivo de aumentar o volume, acarreta perda nutricional, que é compensada pela adição da ureia – produto que contém formol em sua composição – e é considerado cancerígeno pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

(Com Estadão Conteúdo)

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