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Depois de rumores de confisco, saldo mensal da poupança é o menor da história

Desempenho negativo de R$ 6,26 bilhões no mês é pior do que o saldo anual dos anos de 1999 e 2000, quando o resultado ficou negativo em R$ 8,76 bilhões e R$ 7,54 bilhões, respectivamente

Por Da Redação
5 mar 2015, 16h22

Com as famílias poupando menos e o atual ciclo de alta dos juros básicos e do dólar tornando outros investimentos mais atrativos, a caderneta de poupança teve o pior desempenho mensal da história em fevereiro. Mais do que isso, os resgates foram 6,26 bilhões de reais maiores do que os depósitos no mês passado e somam quase a cifra negativa de um ano todo. Em 1999, por exemplo, o volume de retiradas líquidas no acumulado do ano foi de 8,76 bilhões de reais. Em 2000, o resultado ficou negativo em 7,54 bilhões. Também pesou sobre o resultado mensal os rumores divulgados na internet, e desmentidos pelo governo, de que haveria confisco da caderneta.

De acordo com dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira, o saldo de fevereiro estava bem pior. Até o dia 26, os saques somavam 10,5 bilhões de reais. O valor registrado até o penúltimo dia útil do mês era maior, inclusive, do que o ano inteiro de 2003, primeiro ano do governo do PT, quando os resgates líquidos da poupança somaram 10,42 bilhões de reais. Foi o maior volume de retiradas em um ano dos últimos 20 anos.

Só no último dia de fevereiro entraram aplicações no valor de 4,23 bilhões de reais. O movimento de concentração no fechamento dos meses é comum por conta de economias dos salários dos poupadores que muitas vezes vão de forma automática para a aplicação.

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Com o resultado de fevereiro, o saldo total da poupança ficou em 658,19 bilhões de reais, já incluindo os rendimentos do período, no valor de 3,67 bilhões de reais. O Banco Central começou a compilar os dados atuais em 1995. Até o dado conhecido nesta quinta, o maior resgate líquido mensal da poupança havia sido em março de 2006, de 3,8 bilhões de reais, superado posteriormente pelo resultado de janeiro. No primeiro mês de 2015, as retiradas já foram superiores às aplicações em 5,53 bilhões de reais. Foi a primeira vez que isso ocorreu após nove meses consecutivos de depósitos superiores aos resgates.

Os depósitos na caderneta em fevereiro somaram 135,90 bilhões de reais, enquanto as retiradas foram de 142,17 bilhões de reais. No primeiro bimestre do ano, a poupança já acumula um resgate líquido de 11,79 bilhões de reais.

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Rumores – Em meados do mês passado, o Ministério da Fazenda divulgou nota à imprensa informando que não procediam as “informações que estariam circulando pela mídia social de que haveria risco de confisco da poupança ou de outras aplicações financeiras”. A nota da pasta dizia ainda que “tais informações são totalmente desprovidas de fundamento, não se conformando com a política econômica de transparência e a valorização do aumento da taxa de poupança de nossa sociedade, promovida pelo governo, através do Ministério da Fazenda”.

Remuneração – A forma de remuneração da aplicação mudou em maio de 2012. Pela nova regra, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a taxa básica está em 12,75% ao ano. Quando o juro sobe a partir de 8,75% ao ano passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais a TR.

(Com Estadão Conteúdo)

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