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“Não temos medida nenhuma para segurar o dólar”, diz Dilma

Um dia após o anúncio do fim do imposto sobre aplicações estrangeiras, a moeda norte-americana abriu a sessão desta quarta em forte queda, a 2,09 reais, mas depois reverteu trajetória e voltou a subir

Por Da Redação
5 jun 2013, 11h57

A discussão sobre câmbio, o grande assunto econômico do dia, chegou ao Palácio do Planalto. Em coro com o ministro Guido Mantega, a presidente Dilma também negou que a eliminação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) seja uma medida para controle cambial. “Nós não temos medida nenhuma para segurar o dólar. Eu queria informar que esse país adota um regime de cambio flexível”, disse a presidente.

Mais cedo, Mantega disse não saber se a queda do dólar verificada na abertura do mercado de câmbio nesta manhã já é resultado da retirada do IOF sobre as aplicações de capital estrangeiro em renda fixa. O imposto, antes de 6%, foi zerado pelo governo e passa a valer já a partir desta quarta. “A medida é de longo prazo e não para ter efeito imediato”, disse o ministro.

“Queremos deixar livre para aplicações em renda fixa como títulos do governo brasileiro. Na verdade, já havia aplicações, mas nós tínhamos diminuído muito a sua rentabilidade com o IOF de 6%. Hoje, não faz mais sentido porque não há mais todo esse fluxo”, disse. O ministro acrescentou que a rentabilidade das aplicações de renda fixa também caiu porque a taxa de juros é diferente da época em que o governo elevou o IOF, em outubro de 2010. Mantega também negou que o Tesouro esteja com dificuldades para vender seus papéis a investidores estrangeiros. “Estamos financiando muito bem a dívida brasileira, com tranquilidade e não tem essa preocupação”.

A moeda norte-americana no mercado à vista abriu em forte queda (-1,97%), cotado a 2,0950 reais. Ao contrário da fala de Mantega, para analistas, a queda é uma reação à retirada do IOF. Segundo eles, a medida reforça a perspectiva de um aumento de ingresso de recursos estrangeiros no país. Depois de abrir em forte queda, a moeda tem trajetória volátil na sessão desta quarta-feira.

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Para esses especialistas, o governo procura se antecipar à possível redução do programa de compra de ativos do Federal Reserve dos EUA e também está preocupado com o ritmo de crescimento da economia da China, que poderá ter impacto negativo nas exportações brasileiras. Além de conter a pressão excessiva sobre o câmbio interno, o governo e o Banco Central pretendem com essas medidas controlar a escalada da inflação e ainda amenizar o déficit em transações correntes do país.

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Governo reduz IOF para frear subida do dólar

Na terça-feira, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, disse que o Brasil terá de conviver com uma taxa de câmbio mais fraca se a recente desvalorização do real em relação ao dólar seguir a mesma tendência de outras moedas. A fala do diretor ecoou no mercado e o dólar chegou a ser negociado a 2,15 na tarde de terça-feira.

Inflação – Mantega também negou que a retirada do IOF para os investimentos estrangeiros em renda fixa vise combater a inflação, até porque, segundo o ministro, ela sairá de pauta porque caminha para patamares cada vez menores. “É bom que se diga que a inflação está caindo. O preço dos alimentos está caindo. A safra começou. Então daqui para a frente a inflação será cada vez menor e não há essa preocupação”, completou.

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(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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