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De olho nos caças, primeiro-ministro da Suécia vem ao Brasil

Fredrik Reinfeldt irá também inaugurar o centro de inovação da Saab em São Bernardo do Campo

Por Ana Clara Costa
13 Maio 2011, 17h38

No próximo dia 17, o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, chegará ao Brasil para se reunir com a presidente Dilma Rousseff. O objetivo da visita vai muito além de um mero compromisso diplomático. É que a empresa sueca Saab concorre, junto com a francesa Dassault e a americana Boeing, na licitação para o fornecimento dos caças à Força Aérea Brasileira (FAB). Por isso, tal como o presidente Barack Obama que trouxe ao país em sua comitiva, em março, executivos da Boeing para estreitar laços com o Ministério da Defesa, Reinfeldt também aproveitará para fazer sua campanha.

Na ocasião da visita, o premiê irá inaugurar o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro, em São Bernardo do Campo (SP). Criado com um investimento de 50 milhões de dólares do próprio governo sueco e da Saab, o centro funcionará independentemente do resultado da licitação da FAB. Com isso, a empresa, que concorre com seu caça Gripen, é a única das três concorrentes a concretizar investimentos no país antes mesmo do resultado da licitação, que, segundo a presidente Dilma, foi postergado para 2012 em razão do corte orçamentário deste ano. Apesar do foco no setor aeroespacial, o centro também visará a cooperação tecnológica entre Brasil e Suécia nas áreas de inovação urbana e segurança civil.

Disputa acirrada – Com o aumento do prazo para a decisão sobre os caças, as concorrentes têm este ano para convencer o governo de seus respectivos atributos. A Dassault, que era a favorita durante a gestão Lula, voltou ao ponto de partida com Dilma, ao lado das outras companhias. Em paralelo, a empresa francesa tem aproveitado a liderança do país nas forças de coalizão na Líbia para mostrar ao mundo a potência de seu caça, o Rafale. A Dassault também tem feito eventos com empresários de diversos estados brasileiros para firmar acordos de cooperação que se concretizarão somente se o Rafale for o escolhido. A empresa ainda não conseguiu vender seus caças a nenhum país estrangeiro e, ante a indefinição brasileira, tem estreitado conversas para tentar selar negociações com os Emirados Árabes.

A Boeing – a mais discreta das três no que se refere à venda dos caças – não tem promovido eventos; não se comprometeu, até agora, com nenhum tipo de cooperação bilateral; e tampouco tem cedido no pleito de transferir tecnologia ao Brasil caso seja escolhida. A dificuldade para os americanos está em abrir pontos militares estratégicos durante o processo de transferência. E, finalmente, a venda dos 36 caças para o Brasil representa uma pequena parcela dos mais de 400 caças F-18 que a Boeing já vendeu pelo mundo.

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