Dassault poderá interromper produção do Rafale
Único cliente dos caças da empresa francesa é a própria força aérea da França
A fabricante de aviões Dassault interromperá a produção do jato de combate Rafale, se continuar incapaz de vender as aeronaves no exterior. A afirmação foi feita nesta quarta-feira pelo ministro da Defesa da França, Gerard Longuet. “Se a Dassault não vender nenhum Rafale no exterior, a linha de produção será interrompida”, afirmou Longuet. Essa interrupção ocorreria após a França receber as 180 aeronaves que já encomendou. Segundo o ministro, o trabalho de manutenção da aeronave continuará sendo realizado.
O caça Rafale foi alvo de polêmica no Brasil no ano passado. O modelo era o preferido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em negociação para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB). Lula, na ocasião, ignorou relatório do Comando da Aeronáutica, que avaliou o caça Gripen NG, da empresa sueca Saab, como o melhor para a renovação da frota, além de mais barato. Até agora, porém, o governo brasileiro não tomou uma decisão sobre a compra dos jatos. Devido ao aperto orçamentário, a presidente Dilma Rousseff afirmou por diversas vezes que a compra será postergada, ainda sem prazo.
Emirados Árabes – Com as negociações congeladas no Brasil, a Dassault apostou suas fichas nos Emirados Árabes – com quem vinha negociando desde 2008. Contudo, essa venda – que já era dada como certa pela companhia – também subiu no telhado. O príncipe da coroa de Abu Dhabi, o Sheikh Mohamed bin Zayed, que também é responsável pelas forças armadas do país, afirmou em novembro que as conversas não avançaram, e que as condições oferecidas pela empresa são “impraticáveis”.
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(Com Agência Estado)