Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Crise no setor de petróleo vai tirar R$ 62 bi da economia

Os prejuízos afetam a geração de emprego e as receitas de Estados e municípios dependentes dos royalties, principalmente no Rio de Janeiro

Por Da Redação
17 out 2015, 09h44

A crise no setor de petróleo e o corte nos investimentos da Petrobras terão um efeito pesado na economia nos próximos cinco anos. Pelas contas do Grupo de Economia da Energia (GEE) da UFRJ, o país deixará de gerar R$ 62 bilhões em renda até 2019.

Os prejuízos afetam a geração de emprego e as receitas de Estados e municípios dependentes dos royalties, principalmente no Rio de Janeiro. Já a consequência positiva aparece na balança comercial, com a queda da importação de petróleo e derivados:

Leia mais:

Levy e Tombini tentam ‘vender’ confiança em meio a tensões políticas

Após ata do Fed, dólar cai 2,17% e fecha abaixo de R$ 3,80

Petrobras admitiu ser vulnerável à espionagem

O estudo “Impactos Macroeconômicos da Indústria de Petróleo e Gás Natural” mostra que, se tivesse mantido o ritmo de crescimento registrado até 2013, a indústria de óleo poderia injetar US$ 236,7 bilhões em investimentos de 2015 a 2019. Mas a projeção caiu 45%, para US$ 130 bilhões.

Marcelo Colomer, economista do GEE, diz que o estudo avalia a situação de toda a indústria de óleo e gás, e não apenas da Petrobras, embora ela seja a principal responsável pelo desaquecimento da economia.

O investimento da indústria petroleira representou 9,8% de tudo o que foi investido no país em 2013, último ano de crescimento do setor.

Os especialista da UFRJ consideraram duas projeções de investimento do setor no período de cinco anos – de US$ 236,7 bilhões, quando o cenário era de crescimento, e a de US$ 130 bilhões, hoje.

O resultado foi uma queda de 26% na criação de vagas em cinco anos. Os mais atingidos serão os empregados do setor de serviços, que responde por 34,65% do total de empregos diretos criados pela indústria e por 18,52% dos indiretos.

Continua após a publicidade

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, o setor não chegou a aproveitar o boom do petróleo da última década, já que houve concentração na fase de exploração.

“O segmento de bens de capital e equipamentos do setor naval não chegou a se desenvolver. Hoje, é até menor (do que há dez anos)”, disse, complementando que a expectativa era que, justamente agora, as empresas de equipamentos começariam a se beneficiar.

Com a crise, perdem também os municípios e Estados produtores de petróleo, que viram minguar suas receitas com royalties. No primeiro semestre, a queda de arrecadação foi de 25% em relação a igual período de 2014, por causa da retração da cotação do petróleo.

Para o presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Aluízio dos Santos, o fracasso do último leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) reforçou a preocupação. “Temos uma indústria que representa 12% do PIB sem produzir.”

Em contrapartida, o cenário favorece a balança comercial. Segundo o estudo, o saldo comercial da área de petróleo melhora por causa da redução da demanda, provocada pela crise e pelos aumentos de preços. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.