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Crise faz aumentar calote no Minha Casa Minha Vida

Inadimplência no programa habitacional do governo passou de 17,5% em abril de 2014 para 21,8% em março deste ano na faixa 1, para famílias com renda mensal de até 1,6 mil reais

Por Da Redação
1 jun 2015, 12h09

O Minha Casa Minha Vida, maior programa habitacional do país, tem registrado uma alta da inadimplência, reflexo da queda na renda do trabalhador e do aumento do desemprego. Segundo dados do Ministério das Cidades, os atrasos acima de 90 dias, período a partir do qual o cliente é considerado inadimplente pelo sistema bancário, atingiram, em março, 21,8% dos financiamentos concedidos na faixa 1 do programa, destinada às famílias com renda mensal de até 1,6 mil reais. Em abril de 2014, eram 17,5%. Nas faixas 2 e 3, que inclui famílias com renda de até 5 mil reais, a inadimplência também subiu de 1,9% para 2,2% nesse intervalo. Os números foram publicados pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira.

O grupo da faixa 1 paga prestações mensais entre 25 e 80 reais mensais por um período de dez anos, valor que corresponde a 5% do imóvel. Nesse caso, o valor não pago pelo mutuário é bancado pelo Tesouro Nacional. Já nas faixas 2 e 3 as perdas são assumidas pelo banco que concedeu o empréstimo, como em qualquer financiamento imobiliário.

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A alta dos atrasos entre mutuários levou a Caixa a suspender, em fevereiro, o programa Minha Casa Melhor, que disponibilizava uma linha para compra de móveis e eletrodomésticos com prestações de pouco mais de 100 reais. “As pessoas de menor renda são mais suscetíveis a mudanças na economia. Com o aumento do desemprego e a inflação elevada, a tendência é mais inadimplência até essas pessoas conseguirem ajustar o orçamento”, afirmou o presidente do Secovi-SP (sindicato de habitação), Flavio Amary.

Para Lauro Gonzalez, coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o cenário econômico favorece a inadimplência, pois as famílias gastam mais água, luz e condomínio. Há também a perda de renda com emprego e inflação. Gonzalez aponta ainda falhas no programa. “Quando se cobra um valor muito inferior à capacidade de pagamento, a pessoa enxerga aquela obrigação como um compromisso menos importante”, diz sobre o valor cobrado na faixa 1.

(Da redação)

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