Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cresce intenção de consumo da classe média

Maior interesse da classe média em compras também ajudou a impulsionar o gasto médio do brasileiro

Por Da Redação
9 mar 2012, 07h14

A intenção de compra de consumidores da classe C subiu de 15% em janeiro do ano passado para 24% em janeiro deste ano. Foi o maior avanço entre as faixas de renda pesquisadas pela Fecomércio-RJ/Ipsos, no levantamento Hábitos de Consumo Brasileiro. Nas classes A e B, esta fatia subiu de 25% para 29% e, nas famílias D e E, a participação cresceu de 13% para 15%.

A pesquisa ouviu 1.000 entrevistados em 70 cidades do País. Deste total, 23% sinalizaram interesse em gastar mais este ano, contra 17% em 2011, impulsionados pela classe C.

O maior interesse da classe média em compras também ajudou a impulsionar o gasto médio do brasileiro com alimentação, higiene e limpeza, que cresceu 14,5% no período, de R$ 365,54 para R$ 418,56, em valores atualizados. “Este movimento de maior ímpeto de consumo da classe C não é novidade. Mas realmente houve um avanço expressivo no início deste ano”, afirmou o economista da Fecomércio-RJ, Christian Travassos.

O contínuo crescimento da massa salarial do brasileiro, que norteou a migração de consumidores de faixas de renda baixa para mais elevadas nos últimos anos, tem sustentado o consumo da classe C. “O mercado de trabalho continuou aquecido no começo de 2012, e isso facilitou também o acesso ao crédito”, disse, lembrando que estabilidade no emprego é pré-requisito em tomadas de empréstimos. Outro fator lembrado pelo economista foi o término das medidas macroprudenciais em meados do ano passado, anunciadas em dezembro de 2010, e que restringiam o consumo.

Entre as prioridades de consumo, o destaque na pesquisa foi reforma de casa, lembrado por 28% dos consumidores da classe C na pesquisa, contra 17% em janeiro de 2011. Este serviço também foi o mais lembrado pelas faixas de renda A e B (24%); e D e E (31%). Além da continuidade de redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre material de construção, prorrogada três vezes, Travassos lembrou a recente linha liberada pelo governo, via Caixa Econômica Federal (CEF), para reformas de domicílio, com recursos do FGTS.

Continua após a publicidade

Para o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Bruno Fernandes, o consumo em alta da classe C deve continuar nos próximos anos. “As condições são favoráveis”, afirmou. Em 2012, houve aumento real de 7% no salário mínimo, cujo reajuste é indexado à evolução do Produto Interno Bruto (PIB) e à inflação. O especialista não descarta novos reajustes em patamar próximo ao de 2012. Caso os aumentos do salário mínimo se mantenham, o poder de compra da baixa renda também irá crescer e impulsionar sua migração para a classe média. “E não podemos nos esquecer que a inflação está mais bem comportada este ano. Isso dá um poder de compra maior para o consumidor”, afirmou Fernandes.

Na prática, a alteração na composição das classes sociais no Brasil, beneficiada pela política de transferência de renda, também transformou o orçamento do brasileiro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Com o aumento de renda do trabalhador na última década, o consumidor mais pobre desloca gastos para outros tipos de consumo e não o concentra mais, principalmente, em alimentos”, explicou o economista da FGV, André Braz.

(Com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.