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CPI do Carf pede o indiciamento de 28 pessoas; lista não tem políticos

Em relatório final, senadora Vanessa Grazziotin sugere mais investigações sobre o ministro Augusto Nardes, do TCU; um de seus sobrinhos está na relação de indiciamentos pedidos

Por Felipe Frazão 26 nov 2015, 16h23

A senadora governista Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) apresentou nesta quinta-feira o relatório final da CPI do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), com pedido de indiciamento de 28 pessoas. Nenhum nome na lista é de político. O relatório aponta a necessidade de se “aprofundar as investigações” contra o ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, que relatou e rejeitou as contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. Um sobrinho dele, Juliano Nardes, está entre os nomes com indiciamento recomendado.

Vanessa Grazziotin cita no documento que há “íntimas e suspeitíssimas” relações entre empresas do sobrinho de Augusto Nardes e consultorias de fachada investigadas na Operação Zelotes, além de um pagamento de 2,5 milhões de reais. Ela cita ainda referência a palavras “tio” e “ministro” em documentos apreendidos referentes ao pagamento. Parlamentares da comissão pediram vista do relatório e podem sugerir modificações até a próxima quarta-feira, quando o texto deve ser votado.

A CPI foi criada em meio à Operação Zelotes, que desvendou um esquema de compra de julgamentos favoráveis a empresas no Carf. A comissão concluiu que existem indícios de irregularidades em 74 processos de dívidas de bancos, montadoras de automóveis e siderúrgicas, entre outros.

Entre os 28 pedidos de indiciamento, há consultores, ex-conselheiros do Carf, advogados, lobistas e servidores públicos. Eles são suspeitos de crimes como advocacia tributária fazendária, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Os investigadores estimam que o prejuízo passe de 6 bilhões de reais por meio da anulação ou redução de multas do Fisco.

Leia mais:

CPI do Carf rejeita convocação e quebra de sigilo de filho de Lula

A relatora usou o texto para criticar a cobertura jornalística do caso, em conformidade com o discurso do Partido dos Trabalhadores até o momento em que a Zelotes descobriu um esquema de venda de medidas provisórias no governo Lula e pagamentos suspeitos realizados de mais de 2,4 milhões de reais à empresa de marketing de um dos filhos do ex-presidente, Luís Claudio Lula da Silva. O repasse foi intermediado por Mauro Marcondes, notório dirigente da Anfavea [Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores]. Marcondes é um dos nomes na lista de indiciamentos (leia mais abaixo).

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A CPI chegou a analisar requerimentos de convocações de Lula, Luís Claudio e dos ex-ministros Erenice Guerra e Gilberto Carvalho, suspostamente envolvidos nas negociatas para as MPs que beneficiariam o setor automobilístico, mas todos foram rejeitados. Conforme a relatora, “os fatos não dizem respeito ao Carf e não foram comprovados com qualquer indício”.

Pedidos de indiciamento

Leonardo Siade Manzan

Maurício Taveira e Silva

Antônio Lisboa Cardoso

Mauro Marcondes Machado

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Edison Pereira Rodrigues

Meigan Sack Rodrigues

Jorge Victor Rodrigues

Lutero Fernandes do Nascimento

Eduardo Cerqueira Leite

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Jeferson Ribeiro Salazar

José Teriju Tamazato

Mário Pagnozzi Junior

João Inácio Puga

Wagner Pires de Oliveira

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Jorge Celso Freire da Silva

Tharyk Jaccoud Paixão

Chiqueki Murakami

José Ricardo da Silva

João Batista Gruginski

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Adriana Oliveira e Ribeiro

Eivanice Canário da Silva

Paulo Roberto Cortez

Silvio Guatura Romão

Eziquiel Antonio Cavallari

Alexandre Paes dos Santos

Guilherme Pollastri Gomes da Silva

Carlos Juliano Ribeiro Nardes

Paulo Arantes Ferraz

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