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Contas públicas têm o pior resultado do ano em maio, diz BC

Déficit de R$ 6,9 bilhões no mês passado reforça desafios do governo na busca pelo reequilíbrio fiscal num momento de queda na arrecadação de tributos

Por Da Redação
30 jun 2015, 11h39

O setor público brasileiro teve déficit primário de 6,9 bilhões de reais em maio, o pior resultado do ano, divulgou o Banco Central (BC), nesta terça-feira, acumulando em 12 meses déficit primário equivalente a 0,68% do Produto Interno Bruto (PIB). As contas do setor público reúnem Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras. O desempenho ruim reflete os desafios na busca pelo reequilíbrio fiscal num momento de debilidade na economia e na arrecadação. O resultado do mês veio praticamente em linha com as projeções de analistas, cuja mediana apontava para saldo negativo de 7 bilhões de reais, segundo pesquisa da Reuters.

Em abril deste ano, as contas públicas registraram superávit primário de 13,44 bilhões de reais.

A economia fraca e inflação elevada desenham um cenário sombrio para o país, atingindo em cheio a confiança dos consumidores e dos agentes econômicos. Diante disso, a arrecadação tem sofrido, registrando em maio o pior resultado para o mês em cinco anos.

O resultado fiscal de maio foi composto por um déficit de 8,85 bilhões de reais do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o montante positivamente com 2,04 bilhões de reais no mês. Enquanto os Estados registraram um superávit de 1,73 bilhão de reais, os municípios tiveram superávit de 309 milhões de reais. Já as empresas estatais registraram déficit primário de 72 milhões de reais.

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Desde o anúncio da nova equipe econômica para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o BC vem dizendo que o esforço fiscal tende a seguir o caminho da neutralidade em 2015, podendo até mesmo apresentar um viés contracionista. A meta de superávit para o ano de 2015 é de 66,3 bilhões de reais, ou 1,1% do PIB, ainda distante do resultado deficitário no acumulado nos últimos 12 meses.

Diante do mau desempenho, muitos analistas já esperam redução na meta de primário deste ano, mesmo após o contigenciamento no orçamento de 70 bilhões de reais, elevação de impostos e adoção de medidas para moderar benefícios trabalhistas e previdênciários.

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(Com agência Reuters)

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