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Contas do governo têm pior resultado em julho desde 1997

Resultado primário do governo central ficou negativo em R$ 2,2 bilhões em julho, informou o Tesouro Nacional; no acumulado do ano, superávit é de R$ 15,23 bilhões

Por Da Redação
29 ago 2014, 11h03

O governo central (formado pelas contas do Tesouro, do Banco Central e da Previdência Social) registrou déficit primário de 2,196 bilhões de reais em julho, o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1997, informou o Tesouro Nacional nesta sexta-feira. Nos sete primeiros meses do ano, a economia feita para o pagamento de juros acumula saldo positivo de apenas 15,23 bilhões de reais.

O resultado fiscal é a diferença entre os gastos e receitas do governo central. Quando as receitas superam as despesas, há o superávit primário, usado para arcar com os juros da dívida. A deterioração das contas públicas tem sido motivo de apreensão tanto no governo quanto para investidores. O resultado de 2014 é, inclusive, pior do que o verificado em 2008 e 2009, anos de crise, em que a arrecadação foi penalizada e o governo teve de financiar políticas anticíclicas para amenizar os efeitos da crise financeira internacional.

O que é?

O resultado primário é diferença entre os gastos e receitas do governo central, formado por Tesouro, Banco Central e Previdência Social. Se essa diferença for positiva, o resultado é chamado de superávit primário. Se for negativa, é déficit primário.

Em julho, a Previdência Social apresentou déficit de 4,996 bilhões de reais, segundo o Tesouro. Já a arrecadação de impostos e contribuições teve o pior resultado para o mês desde 2010, ao somar 98,82 bilhões de reais. Em relação a junho deste ano, as receitas subiram 8,12%, mas, ante julho do ano passado, caíram 1,6%.

O governo central fica distante de cumprir a meta fiscal do segundo quadrimestre, de maio a agosto, de 39 bilhões de reais.

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O resultado ruim mostra que as contas públicas seguem influenciadas pela economia fraca, o que tem levado o governo a recorrer às receitas extraordinárias para tentar fechar suas contas. Neste ano, a projeção é de que elas somarão 31,6 bilhões de reais. Também têm pesado as fortes desonerações tributárias que, no semestre passado, somaram cerca de 51 bilhões de reais, quase 45% a mais do que em igual período de 2013.

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Em 2014, a meta de superávit primário do setor público consolidado (a soma das contas do governo central, Estados, municípios e estatais) é de 99 bilhões de reais, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

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