Contas do governo central têm pior resultado para setembro desde 1997

Setor público teve déficit de R$ 10,473 bi no nono mês. No acumulado ano, o superávit é de R$ 27,943 bi, 49% menor do que em 2012

Por Da Redação
31 out 2013, 09h31

Déficit da Previdência no mês atingiu 11,763 bilhões de reais (Agência Estado/VEJA)

Influenciado pelo elevado rombo nas contas da Previdência Social, o governo central, formado pelo governo federal, Banco Central e Previdência Social, registrou déficit primário de 10,473 bilhões de reais no mês passado, o pior resultado para setembro em 17 anos, indicando risco ainda maior de descumprimento da meta para o ano.

Nos nove primeiros meses de 2013, a economia feita para o pagamento de juros acumula superávit de 27,943 bilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira. O número é 49% menor do que o montante economizado em igual período do ano anterior.

Com o péssimo resultado, o governo chega aos últimos meses de 2013 com risco iminente de descumprimento da meta ajustada de superávit primário, de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

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O principal dado ruim no mês veio da Previdência Social, que apresentou déficit de 11,763 bilhões de reais. O rombo foi provocado, entre outros fatores, pelo pagamento da segunda parcela do 13º salário aos aposentados e pensionistas do INSS.

O Tesouro informou ainda que os gastos com investimentos públicos em setembro somaram de 4,4 bilhões de reais, acima dos 3,3 bilhões de reais no mês anterior, acumulando no ano 46,5 bilhões de reais, com alta de 2,9% sobre o mesmo período do ano passado.

Os gastos com custeio da máquina pública ficaram em 15,5 bilhões de reais em setembro, 12,3% a mais do que em agosto. Nos nove primeiros meses do ano, os gastos chegam a 134,4 bilhões de reais, 21,1% a mais do que igual período de 2012.

(com agência Reuters)