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Contas do governo até agosto têm pior resultado em 19 anos

Governo central registrou déficit primário de 14,01 bilhões de reais nos oito primeiros meses do ano

Por Da Redação
29 set 2015, 15h45

As contas do governo central, que envolve Tesouro, INSS e Banco Central, registraram um déficit primário (quando se gasta mais do que arrecada) de 14,01 bilhões de reais nos oito primeiros meses do ano, o equivalente a 0,37% do Produto Interno Bruto (PIB), informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta terça-feira.

A piora das contas públicas aumenta ainda mais a dificuldade de o governo conseguir cumprir a meta fiscal – já revisada este ano -, que prevê superávit primário de 0,15% do PIB. O cenário se mostra cada vez mais desafiador, sobretudo em um momento de queda na arrecadação. Em agosto, as contas do governo central tiveram um déficit de 5,08 bilhões de reais. Trata-se do quarto mês seguido em que as contas fecham no vermelho.

O resultado negativo é consequência da forte baixa na arrecadação dos tributos federais e do acerto de contas das chamadas “pedaladas fiscais”, que consistem em atrasos propositais de repasses do Tesouro a bancos públicos para melhorar o desempenho fiscal. Em contrapartida, contribuiu para diminuir o tamanho do déficit o adiamento do pagamento de adiantamento do 13º salários dos aposentados e pensionistas da Previdência, que costuma ocorrer em agosto.

Em 12 meses, o déficit do governo central acumulado é de 37,5 bilhões de reais, o que representa 0,65% do PIB.

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As receitas do governo central registraram no acumulado do ano até agosto uma queda real de 4,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação a agosto de 2014, a queda foi de 12,7%. As despesas também recuaram tanto no ano como no mês – as quedas foram de 2,1% e 17,1%, respectivamente.

O Tesouro computou superávit primário de 269,8 milhões de reais em agosto, enquanto a Previdência Social e o Banco Central apresentaram saldos negativos de 5,154 bilhões de reais e de 198 milhões de reais, respectivamente.

Os investimentos por parte do governo também tiveram queda expressiva. Segundo o Tesouro, o resultado foi 42,1% menor em agosto do que no mesmo período do ano passado e 37,2% menor no acumulado do ano. Já os investimentos totais de agosto pagos somaram 4,195 bilhões de reais.

Os investimentos com o Programa de Aceleração Econômica (PAC) somaram 3,746 bilhões de reais em agosto e 27,662 bilhões de reais nos oito primeiros meses do ano, o que representa uma queda de 59,5% e 41%, respectivamente. Em agosto, o programa Minha Casa Minha Vida teve uma baixa de 31,6% nos investimentos. No acumulado do ano, a queda foi de 27,8%.

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(Com agências)

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